2.500 enfermeiros, 400 médicos e 2.300 auxiliares, num total de 5200. Estas são as estimativas dos profissionais de saúde necessários para a campanha de vacinação que deverá arrancar em abril e que prevê vacinar mais de 100 mil pessoas diariamente em centros de vacinação, segundo o grupo de trabalho que coordena a campanha da vacinação contra a Covid-19.

As contas foram dadas por uma fonte da task force ao jornal Público. Muitos destes são profissionais trabalham já  no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas vai ser necessário contratar mais profissionais para este ritmo de vacinação, previsto executar com a chegada de mais vacinas a Portugal.

Ao Público, o gabinete da ministra da Saúde, no entanto, diz que os cálculos estão ainda a ser feitos e lembra que, em fevereiro, havia mais 3.505 enfermeiros do que em igual período de 2020 (são agora 49.060). Por outro lado, o Governo sublinha que há um ano que é possível fazer contratos “a termo resolutivo incerto” para funções relacionadas com a pandemia e que a autorização para tal foi “delegada nos órgãos de gestão das entidades do MS”.

“Já estamos a fazer vacinação em massa”, diz ao Público, por seu tunro, o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, José Luís Biscaia, que gere uma dezena de centros de vacinação onde são inoculadas, em média, 3.500 pessoas por dia e 5.800 ao sábado. “Isto tem um custo em recursos humanos”, disse, lembrando que os enfermeiros têm que preparar, administrar as vacinas e fazer o registo nos sistemas informáticos.

Além da possível contratação de profissionais, entre eles farmacêuticos, Biscaia defende que poderá também pensar-se numa solução que passe por horários acrescidos, eventualmente mais sete horas por semana.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR