Será um aumento substancial dos impostos cobrados às empresas que irá, em grande medida, pagar o mega-plano de investimentos de dois biliões de dólares (1,7 biliões de euros) que o Presidente dos EUA, Joe Biden, vai apresentar esta quarta-feira. De acordo com fontes citadas pelo The New York Times, a taxa de imposto empresarial irá subir de 21% para 28%, ao mesmo tempo que serão tomadas medidas para levar as multinacionais norte-americanas a pagarem mais impostos nos EUA, mesmo quando os resultados são obtidos noutros países.

O plano é ambicioso. Estradas, pontes, ferrovia, energia – Joe Biden quer avançar para a melhoria e modernização destas infraestruturas como há várias gerações os EUA não fazem, argumenta a administração Biden. O que ainda não se sabia, totalmente, é como é que Biden iria pagar esse plano tendo em conta que ainda recentemente avançou com um plano de estímulo económico de 1,9 biliões de dólares que incluiu enviar cheques-estímulo de 1.400 dólares a cada cidadão. Um plano que, recorde-se, foi passado com os votos contra dos republicanos.

Agora, percebe-se que o plano é aumentar a cobrança de impostos às empresas ao longo de pelo menos 15 anos para obter um encaixe que será investido em 8 anos. Algo que se enquadra na garantia dada durante a campanha presidencial de que a sua administração não iria promover o aumento da dívida federal dos EUA.

Depois de Donald Trump ter baixado a taxa de imposto global nas empresas de 35% para 21%, o valor deverá voltar, assim, a subir – embora não regresse à “casa de partida”. Segundo as fontes citadas pelo The New York Times, os cálculos da administração Biden apontam para um aumento da taxa de imposto cobrado às empresas, equiparável ao IRC português, para os 28%.

Joe Biden irá apresentar o plano esta tarde, em Pittsburgh, Pensilvânia, uma cidade que é um ícone da era industrial na siderurgia e em vários outros setores. Este trabalho integra-se na visão global de reforma do capitalismo norte-americano ao mesmo tempo que se promove a luta contra as alterações climáticas – a prioridade de uma segunda fase, a apresentar brevemente, que deverá incluir o aumento dos impostos sobre os cidadãos com maiores rendimentos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR