As Nações Unidas anunciaram esta quarta-feira que registaram pelo menos 5.300 deslocados na sequência do ataque da semana passada à vila de Palma, no norte de Moçambique, mas o número deverá aumentar nos próximos dias.

“O número de pessoas deslocadas aumentou desde a publicação da atualização e temos agora registadas mais de 5.300 pessoas nos pontos de chegada nos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba”, afirmou o porta-voz em Moçambique do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). “Estes número deverão aumentar nas próximas horas e nos próximos dias”, acrescentou Saviano Abreu, em declarações aos jornalistas.

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A vila de Palma, cerca de 25 quilómetros do projeto de gás natural da multinacional Total, sofreu um ataque armado na quarta-feira da semana passada que as autoridades moçambicanas dizem ter resultado na morte de dezenas de pessoas e na fuga de centenas.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados, segundo agências da ONU, e mais de duas mil mortes, segundo uma contabilidade feita pela Lusa.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.

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