Um embrião de um rato, asas de borboletas e até os pigmentos da pele das cobras. Estes foram alguns dos temas das fotografias que dominaram a edição de 2020 do prémio Global Image of The Year, que visa distinguir as melhores imagens relacionadas com o mundo das ciências naturais — com a particularidade de serem tiradas com a ajuda de um microscópio.

Os vencedores da edição de 2020, que recebeu mais de 700 submissões — um novo recorde — de 61 países, foram conhecidos esta quarta-feira. O vencedor da categoria principal, The Global Winner, foi o alemão Werner Zuschratter com a “imagem cativante de um embrião de rato inteiro capturado com um microscópio confocal”, lê-se no site.

Foram também entregues três prémios regionais. Na Ásia, o vencedor foi o chinês Xin Pei Zhang, que capturou o efeito ao microscópio das asas de borboletas. Para o continente americano, o vencedor foi o norte-americano Justin Zoll que apresentou uma imagem panorâmica de cristais de L-glutamina e beta-alanina. Para a Europa e para o Médio Oriente, o prémio foi entregue ao suíço Grigorii Timin com uma fotografia das fibras colágenas e células de pigmento dérmico de pele de cobra.

As fotografias foram avaliadas por um jurado que teve em conta os aspetos artísticos e visuais, o impacto científico da fotografia e o domínio da técnica no microscópio. Satoshi Nakamura, vice-presidente da equipa de marketing da Olympus, frisou a “qualidade e a criatividade das imagens”. Referiu ainda que era “espantoso ver a maneira inesperada como é que se faz arte com um microscópio”. 

Organizado pela Oympus, o concurso começou em 2017 e propõe-se a “encorajar pessoas de todo o mundo a olhar para as imagens científicas de uma nova maneira, apreciando a sua beleza, e partilhando-as com os outros”. Na edição passada, o prémio foi entregue à espanhola Ainara Pintor, que fotografou parte do cérebro de um rato.

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