Quatro pessoas, entre elas uma criança, cuja idade não foi ainda divulgada pelas autoridades, morreram e outra foi hospitalizada em estado grave depois de terem sido atingidas a tiro, esta quarta-feira à tarde, num edifício de escritórios na cidade de Orange, no sul da Califórnia, a cerca de 50 quilómetros de Los Angeles.

O atirador foi detido e internado, também em estado grave, com ferimentos de bala que, de acordo com Jennifer Amat, a porta-voz do departamento de polícia local, não se sabe ainda se foram auto-inflingidos ou feitos pelas autoridades.

De acordo com a imprensa americana, a polícia foi chamada às 17h30 desta quinta-feira, eram já 1h30 de quinta-feira em Portugal, depois de terem sido ouvidos tiros no interior do edifício de escritórios, de apenas dois pisos. Quando os agentes chegaram, o tiroteio ainda estava a decorrer.

De acordo com o Los Angeles Times, no complexo de escritórios existem cerca de uma dúzia de negócios a funcionar, incluindo uma seguradora, um terapeuta de casal, uma loja de reparação de telemóveis, um terapeuta da fala e várias imobiliárias. Apesar de ter recusado identificar o escritório em concreto em que os tiros começaram, a representante da polícia local avançou aos jornalistas que depois de se ter iniciado no interior do edifício, a agressão continuou numa área de pátio.

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“Estou profundamente triste com as notícias de um tiroteio em massa no Condado de Orange, e mantenho as vítimas e os seus entes queridos nos meus pensamentos à medida que nos chegam mais informações. A minha equipa e eu vamos continuar a acompanhar de perto a situação”, escreveu entretanto no Twitter Katie Porter, representante do distrito no Congresso.

Este é o terceiro tiroteio em massa registado nos Estados Unidos nas últimas três semanas. A 16 de março três ataques em casas de massagens na área de Atlanta, no estado da Geórgia, fizeram oito mortes — Robert Aaron Long, de 21 anos, foi detido e terá confessado à polícia ser viciado em sexo, mas as autoridades não descartam para já a possibilidade de o ato ter tido motivações racistas, já que seis das oito vítimas mortais pertenciam à comunidade ásio-americana. Menos de uma semana depois, no dia 22, foram dez as pessoas que morreram, incluindo um polícia, o primeiro a chegar ao local, num tiroteio num supermercado em Boulder, no Colorado. O suspeito, que também ficou ferido numa troca de tiros com as autoridades, foi detido e hospitalizado.