O número de alunos que teve de ser recebido nas escolas de acolhimento durante o confinamento atingiu uma média de 8.500 estudantes por dia durante a última semana do segundo período, antes das férias da Páscoa, noticia o Público (artigo para assinantes), com base em dados fornecidos pelo Ministério da Educação.

Durante o segundo confinamento, o Ministério da Educação permitiu que as escolas de acolhimento, criadas para receber os filhos dos profissionais essenciais, passassem a receber alunos com necessidades educativas especiais e aqueles para quem o ensino à distância fosse considerado ineficaz. Foram escolhidas 700 estabelecimentos para funcionarem como escolas de acolhimento, mas houve cerca de 1.500 que optaram por disponibilizar aulas presenciais para responder a dificuldades de transportes ou facilitar o trabalho com alunos que necessitam de terapias específicas.

O número de estudantes acolhidos não parou de aumentar, como mostram os números fornecidos pelo Ministério ao Público. De acordo com o jornal, na primeira semana de aulas à distância, em fevereiro, estas escolas receberam em média 3.300 alunos por dia. No final desse mês, o número quase que tinha duplicado, para seis mil. Na última semana do segundo período, de 22 a 26 de março, foram 8.500.

Em causa estavam problemas como falta de acesso à internet ou de equipamento necessário para acompanhar as aulas a partir de casa. Um ambiente familiar desadequado também terá levado a que algumas destas crianças tenham passado a frequentar as escolas de acolhimento, como apontou ao Público o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, que considera ser esta a principal explicação para o aumento do número.

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