Depois de alguns jogos a ganhar nos últimos minutos, o Sporting consentiu também um empate ao cair do pano, à semelhança do que tinha acontecido quase há uma volta, na igualdade frente ao Famalicão (próximo adversário em Alvalade). Ao todo, os leões, mesmo mantendo a invencibilidade no Campeonato, perdeu pontos pela quinta vez esta temporada, passando assim a ter uma vantagem de oito pontos em relação ao FC Porto e de 11 para o Benfica. No entanto, e no final da partida, Rúben Amorim desdramatizou a escorregadela em Moreira de Cónegos, tendo até uma oportunidade na conferência de imprensa para falar da “estrelinha” que acompanha(va) os lisboetas.

Afinal, Paulinho é a menor teimosia de uma equipa teimosa (a crónica do Moreirense-Sporting)

“O resultado é claramente injusto mas é assim o futebol. Podíamos e devíamos ter feito o segundo golo, que até fizemos mas foi anulado por centímetros e no fim, num cruzamento, a bola sobrou para um jogador do Moreirense que fez um grande golo. Já nos aconteceu o contrário, esta semana foi para os nossos adversários todo e para nós foi isto… Parece-me bem, até para se deixar às vezes de se falar na estrelinha. É continuar, fizemos um bom jogo, melhorámos em certos aspetos, dominámos o jogo, o Moreirense teve uma oportunidade de uma bola que ressalta o Rafael [Martins] mas desde aí controlámos sempre e merecíamos outro resultado”, destacou numa conferência de imprensa que até começou a média luz, antes de serem ligados os focos das câmaras.

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Antes, na zona de entrevistas rápidas, o treinador já tinha falado da injustiça do resultado mas relativizando os dois pontos a menos na liderança do Campeonato. “Os jogos são todos difíceis. Tivemos oportunidades, a ausência dos internacionais faz parte de uma equipa grande. Tivemos oportunidades para matar o jogo mas um mau alívio e depois um remate sem hipótese… Há que seguir em frente. Vantagem mais curta? Não interessa nada, o que interessa é o próximo jogo. Tenham oito ou dez [pontos] de avanço ou oito ou dez de atraso, o nosso caminho é olhar sempre para o próximo jogo”, frisou o treinador do conjunto verde e branco à Sport TV, que explicou também o que se passou no lance em que viu cartão amarelo no banco após uma entrada de Abdoulaye.

O Matheus recuperou no fim e deu-nos profundidade mas não é a mesma coisa, o Nuno [Mendes] está mais rotinado. Estava mais chateado porque o miúdo teve de sair e nem um amarelo houve mas já passou”, explicou, num lance que tinha acontecido antes da falta sobre o defesa brasileiro ao pé do banco do Sporting e que tirou o internacional português do encontro ainda na primeira parte.

Antes, Paulinho tinha também assumido a frustração do empate apesar da estreia a marcar pelos leões. “Desde o primeiro dia em que cheguei que disse que não vinha para aqui para conquistar títulos individuais ou para me valorizar mas para ajudar o Sporting. O golo acaba por não representar nada ou quase nada porque não ganhámos. Sentimos que é um resultado completamente injusto e enganador, porque [os golos anulados] foram por centímetros mas é assim. Sentimos que fomos a melhor equipa em campo ao longo dos 90 minutos”, disse.

“Atual momento? O que nos preocupa é o dia a dia de trabalho. É isso que nos motiva e que nos move, não são os pontos ou a distância para o segundo classificado. É a nossa forma de jogar, o nosso jogo, é isso que nos motiva, que nos cria mais pressão para melhorar. E é isso que vamos continuar a fazer”, acrescentou o avançado, que seria mais uma vez elogiado por Rúben Amorim na conferência de imprensa: “O Paulinho fez um excelente jogo, está muito melhor fisicamente, conhece muito melhor os colegas, vai melhorar e portanto agora é seguir”.