O Governo aprovou cinco projetos para a integração de migrantes e refugiados no valor total de 1,4 milhões de euros, maioritariamente financiados por fundos comunitários, que comparticipam 75% do montante.

A informação foi esta quarta-feira avançada em comunicado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), tendo a aprovação sido concedida pela Secretaria-Geral do ministério (SGMAI), que gere o Fundo para o Asilo, para a Migração e Integração (FAMI).

Os projetos aprovados estão dispersos pelo país e foram apresentados pela Cruz Vermelha Portuguesa, pela Câmara Municipal do Fundão, pela Fundação Terras Santa Maria da Feira, pela AMIZADE – Associação de Imigrantes de Gondomar e da PAP – Associação Pão a Pão.

A autarquia do Fundão “propôs um programa de capacitação, formação e acolhimento na cultura portuguesa — no valor de 848,4 mil euros, comparticipado em 636,3 mil euros — para reforçar a atração de migrantes e garantir a sua posterior integração no mercado de trabalho nacional”.

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Já o projeto da Cruz Vermelha, no valor total de 376 mil euros e uma comparticipação do FAMI de 282 mil euros, quer contribuir para integrar no mercado de trabalho migrantes e refugiados residentes em Coimbra com baixas qualificações profissionais.

Projeto semelhante tem a PAP, em Lisboa, com um projeto no valor de 79,1 mil euros, e a Fundação Terras de Santa Maria da Feira, com um projeto aprovado no valor de 73,4 mil euros.

“O quinto e último projeto, da Amizade – Associação de Imigrantes de Gondomar, no montante de 36,7 mil euros (27,5 mil comparticipados pelo FAMI), visa criar e desenvolver sessões de formação junto de migrantes para promover as respetivas competências profissionais e capacidade de empreendedorismo”, refere o comunicado do MAI.

O Governo recorda no comunicado que no âmbito do quadro comunitário de 2014-2020 a SGMAI aprovou projetos apoiados pelo FAMI no valor de 67,1 milhões de euros, nas áreas da integração, acolhimento e asilo e ainda retorno.

Olhando para a evolução anual das verbas disponibilizadas pelo FAMI, regista-se um aumento sempre crescente: começando nos cerca de 2 milhões de euros em 2016, passou-se para a casa dos 10 milhões em 2017, para os cerca de 22 milhões em 2018, mais de 30 milhões em 2019 e 48 milhões em 2020″, acrescenta ainda o comunicado do MAI.