Pelo menos duas pessoas foram detidas e 13 ficaram feridas em distúrbios durante a realização de um comício pré-campanha eleitoral do partido espanhol Vox, de extrema-direita, em Vallecas, onde manifestantes contra o ato lançaram garrafas, pedras ou outros objetos.

Fontes policiais disseram à agência espanhola Efe que houve pelo menos dois detidos, enquanto o serviço de emergências de Madrid assinalou 13 pessoas com ferimentos ligeiros com hematomas ou escoriações no posto de saúde de Vallecas, bairro situado nos arredores de Madrid. Três desses feridos foram levados ao hospital, incluindo um polícia com uma luxação no ombro.

Os habitantes de Vallecas tinham convocado duas concentrações contra o ato: uma de coletivos antifascistas na Praça Vermelha, onde decorria o comício, e outra na praça vizinha de Nica.

Os distúrbios começaram com a chegada do candidato do Vox para as eleições da Comunidade de Madrid, Rocío Monasterio, e o líder nacional do partido, Santiago Abascal, que culpou o ministro do Interior, Fernando Grande-Malarska, pelos confrontos e disse ainda que “devia ir para a prisão” por isso, assegurando que o ministro “não permitiu que a polícia fizesse o seu trabalho”. A Polícia Nacional fez várias cargas contra os manifestantes, tendo disparado balas de borracha.

As tensões e a violência aumentaram ao longo do comício, o que levou Abascal a interromper o seu discurso em várias ocasiões e acabaram por provocar a suspensão temporária do ato, que foi retomado após vários minutos. O bairro de Vallecas ganhou fama por ser um marco de resistência e de luta antifascista durante a ditadura de Franco.

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