A sociedade de capital de risco Shilling lançou um novo fundo de investimento no valor de 30 milhões de euros. O Founders Fund vai servir para investir em startups tecnológicas numa fase muito inicial e conta com a participação de investidores internacionais a como o fundo Atomico, anunciou a Shilling esta quinta-feira em comunicado. É subscrito por capital privado.

O Shilling Founders Fund também é financiando por mais de 35 empreendedores com experiência que, desta forma, querem investir e apoiar  novas gerações de empreendedores; assenta num modelo de partilha de lucros com todos os fundadores do portefólio; e é gerido por dez senior partners, com experiência em áreas, indústrias e continentes diferentes.

“Chamamos-lhe aceleração com base em experiência. Adicionalmente, usamos um modelo de profit-sharing. Cada fundador do portefólio recebe uma parte do nosso retorno. Esta dinâmica alinha os incentivos da Shilling, dos Founder LPs e dos fundadores do portefólio. É transformadora”, explica Pedro Santos Vieira, sócio-gerente da Shilling.

A Shilling  foi fundada por Hugo Gonçalves Pereira, António Casanova, Diogo da Silveira, João Coelho Borges, Juan Alvarez e Pedro Rutkowski em 2011 e, nos últimos cinco anos, a equipa foi reforçada pelos fundadores Ricardo Jacinto (Elecctro), Miguel Santo Amaro (Uniplaces), Pedro Ramalho Carlos (IP) e Pedro Santos Vieira (GoodGuide).

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Nos últimos dez anos, fez 20 investimentos, através do primeiro fundo, em empresas como a Unbabel (depois investida pela GV, Notion, Greycroft, FoundersClub, entre outros); Bizay (investida posteriormente pela Pathena, Omnes, LeadX e outros); Uniplaces (ronda à qual se seguiram outras pela Atomico, Octopus Ventures e outros) e Best Tables, comprada pela TripADvisor.

O recente fundo de 30 milhões já investiu em sete projetos, como a Rows, a Vawlt, a Promptly, a Modatta, a Biocol Labs, a Decipad e a Detech.AI.

“Somos um fundo de capital de risco com base em Portugal e com ambição global, com foco em projetos de early stage [muito iniciais] e com uma abordagem “founder friendly” [próxima dos fundadores]: no nosso programa pre-seed [pré-primeira fase de investimento], o processo desde a primeira reunião até ao dinheiro no banco dura, no máximo, 30 dias. O novo fundo e a nova marca expressam a nossa visão: aproximar os empreendedores com experiência que se tornaram investidores no fundo, à dos fundadores do portefólio”, explica Hugo Gonçalves Pereira, fundador da Shilling.

Além das startups portuguesas, o fundo pode investir até 40% do capital para investimentos internacionais, independentemente da localização geográfica dos fundadores. Para ajudar a atrair outros projetos para o país, a Shilling lança também a “Shilling Platform”, uma plataforma que pretende ajudar as empresas do portefólio a ultrapassar desafios de crescimento e a escalar mais rapidamente.