A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) informou esta sexta-feira que está a desenvolver iniciativas piloto de rastreio à Covid-19, tendo priorizado o setor dos transportes com testes a motoristas de metro, autocarros, comboios e táxis.

Em resposta à agência Lusa, sem precisar o número de pessoas evolvidas neste rastreio, a ARS-N referiu que a iniciativa se insere num conjunto de “modelos operacionais de rastreio da Covid-19, em contexto ocupacional, de forma a assegurar um processo de desconfinamento seguro”.

Foi priorizada a área da mobilidade e dos transportes, cujos profissionais apresentam um contacto regular com o público, propiciando um aumento de risco de exposição ao SARS-CoV-2 (novo coronavirus)”, acrescenta a ARS-N.

O rastreio teve início na semana passada, no parque da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) de Bonjoia, com testagem na Metro do Porto e colaboradores de empresas associadas, como a Transportes Espírito Santo de Gaia, bem como taxistas do grande Porto. A operação expandir-se-á agora a trabalhadores da CP — Comboios de Portugal.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sem avançar com novas datas ou outros locais, a ARS-N salvaguarda que estas iniciativas piloto permitiram já constituir uma equipa com capacidade para se deslocar a qualquer local da região Norte.

O objetivo é conseguir “operacionalizar um rastreio da Covid-19, que seja justificável face à evolução da situação epidemiológica”.

Contactada pela Lusa, a Metro do Porto revelou que todos os testes realizados a colaboradores da empresa ou da subconcessionária da operação e manutenção do sistema, a ViaPorto, obtiveram um resultado negativo para a Covid-19.

De acordo com a operadora de metro, foram realizados 436 testes rápidos, nos dias 30 e 31 de março, tendo sido “possível mobilizar aproximadamente 46,4% dos colaboradores”. Segundo a empresa, a iniciativa para a realização deste rastreio partiu da ARS-N, em 17 de março.