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O murro de McTominay, o jogo de cintura de Bruno e o KO de Cavani: Manchester United vinga goleada e Mourinho bate (outro) recorde negativo

Este artigo tem mais de 3 anos

Tottenham inaugurou marcador por Son após golo invalidado a Cavani mas Manchester United deu a volta na segunda parte, de novo com o uruguaio a ser decisivo para "vingar" o 6-1 em Old Trafford (1-3).

Cavani marcou na primeira parte, golo foi anulado mas foi a tempo de apontar o 2-1 da reviravolta antes de Greenwood fechar triunfo do United nos descontos
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Cavani marcou na primeira parte, golo foi anulado mas foi a tempo de apontar o 2-1 da reviravolta antes de Greenwood fechar triunfo do United nos descontos

Adrian DENNIS

Cavani marcou na primeira parte, golo foi anulado mas foi a tempo de apontar o 2-1 da reviravolta antes de Greenwood fechar triunfo do United nos descontos

Adrian DENNIS

Domingo, 4 de outubro de 2020, Old Trafford. Bruno Fernandes inaugurou o marcador de penálti no segundo minuto, Ndombelé empatou apenas dois minutos depois, Son fez a reviravolta aos 7′, Martial foi expulso com vermelho direto antes da meia hora, o intervalo chegou com 4-1, o encontro acabou em 6-1 mas podia ter ainda outros números. Na quarta jornada da Premier League, o Tottenham arrasou o Manchester United naquele que foi um dos resultados (e dos jogos) mais conseguidos. Paralelismos com 11 de abril de 2021? Nenhum.

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“Entre dois grandes clubes podem acontecer vários resultados de forma isolada. Foco-me muito mais nos dois outros jogos entre nós e o United, quando perdemos em Old Trafford por 2-1 com um penálti e empatámos a uma bola em casa, na última época, também com um penálti. Penso que isso está mais próximo da realidade. Não estamos longe um do outro, vai ser um jogo difícil para ambos. Não sei se Solskjaer vai usar esse resultado. Se fosse ao contrário e fosse a minha equipa a perder 6-1 com eles, diria aos rapazes que aconteceu uma vez e não iria acontecer novamente mas isso não refletiu em nada a realidade”, destacara José Mourinho.

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Ao contrário do Manchester United, que mesmo com alguns deslizes no Campeonato conseguiu manter sempre a regularidade suficiente para andar entre os primeiros, o Tottenham começou a quebrar depois da derrota em Anfield ao minuto 90 que afastou a equipa do topo da classificação tendo uma série com uma vitória em cinco jogos, seguindo-se a meio de janeiro com cinco derrotas em seis partidas. Mais recentemente, e apesar do desaire no dérbi com o Arsenal, houve uma recuperação dos spurs mas os males de sempre voltaram, com novo empate consentido nos últimos minutos em Newcastle que impediu a equipa de voltar aos lugares de Champions.

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“Quero que sejamos positivos e felizes por defrontar um clube gigante e uma boa equipa. A nossa ambição é conquistar pontos, porque os pontos vão estar no relvado, e nós vamos jogar por eles. Penáltis? Não posso ir para um jogo de futebol preocupado com isso, não penso que seja a abordagem correta. Por isso, não vou preocupado e não quero que os meus jogadores vão preocupados. Têm de ter sensações positivas e desfrutar do jogo, conscientes da dificuldade do mesmo. Têm de lidar com a responsabilidade e com a pressão, uma boa pressão. É isso que quero. Pelas razões erradas, pois fomos eliminados da Liga Europa, tivemos uma semana inteira de trabalho. Por boas razões, não tivemos muitas semanas assim ao longo da época. Gostei da nossa semana de trabalho e o meu sentimento é positivo”, analisara o técnico português, bem ciente da importância do encontro.

Do outro lado, e numa semana importante em que deu um passo de relevo para chegar às meias da Liga Europa com uma vitória por 2-0 frente ao Granada, o Manchester United chegava apenas com uma derrota na Premier League desde novembro (e logo com o último classificado, o Sheffield United, em casa) mas com cinco empates nas últimas dez partidas, atravessando agora um dos melhores períodos com três vitórias seguidas na prova, algo que conseguira apenas por duas ocasiões até aqui. Mais do que isso, e mesmo sendo ainda uma distância considerável, tinha a oportunidade de se aproximar do Manchester City, batido de forma surpreendente na véspera por um Leeds United reduzido a dez unidades desde a primeira parte, e reentrar na luta pelo título na sequência de uma vitória difícil em Old Trafford diante do Brighton com papel decisivo de Bruno Fernandes.

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“Ainda recordamos esse jogo em Old Trafford com dor. Não fomos iguais a nós próprios e vamos provar que somos melhores que isso. Estávamos então com apenas três jogos na época e agora estamos muito melhor, até fisicamente. Fomos enganados no cartão vermelho e isso é algo ao qual temos que estar atentos. Não podemos reagir daquela maneira, porque sabemos que, em jogos destes, haverão situações onde seremos apanhados. Aprendemos muito com isso, e estou certo de que, desta vez, teremos um melhor desempenho. O nosso orgulho profissional ficou ferido, a maneira como perdemos não foi digna e sabemos disso. Desvantagem para o Manchester City? Queremos mais do que o segundo lugar. Nunca nos ficamos por isso e na próxima época pretendemos mais, pois estamos abaixo da nossa ambição”, recordou na véspera Ole Gunnar Solskjaer.

Das palavras aos atos, o Manchester United fez um jogo de verdadeiro candidato mesmo saindo a perder ao intervalo depois de um golo anulado pelo VAR, saindo para cima do Tottenham com muito espaço nas costas que podia ter sido aproveitado de outra forma pelos spurs antes de conseguir a reviravolta num lance em que Bruno Fernandes, que pouco antes tinha visto Lloris evitar o golo com a grande defesa do jogo, teve um pormenor soberbo sobre Reguilón antes de Cavani encostar de cabeça após cruzamento de Greenwood, “vingando” a pesada goleada sofrida em Old Trafford na primeira volta em mais um grande jogo de futebol.

A primeira parte não teve muitas oportunidades durante meia hora a não ser uma situação com Rashford mas os golos, e os ânimos mais exaltados, estavam guardados para a parte final antes do intervalo: Cavani marcou após uma grande combinação com Pogba mas o golo foi anulado por um toque na cara de McTominay a Son no início da jogada (com o Tottenham a pedir segundo amarelo para o médio e o Manchester United a reclamar a validade do lance na sua continuidade), Son marcou e o lance contou mesmo, numa combinação de Harry Kane com Lucas Moura que Lindelöf não conseguiu cortar antes da assistência do brasileiro para o sul-coreano (40′).

[Clique nas imagens para ver os golos do Tottenham-Manchester United em vídeo]

E se o primeiro tempo não teve muitas oportunidades nem emoção, o jogo após o intervalo teve características diferentes e resultado sempre incerto até ao final: Fred fez o empate numa recarga após defesa de Lloris a remate de Cavani numa jogada que tinha sido iniciada pelo brasileiro (57′), Dean Henderson evitou com os pés o golo de Son em mais uma saída rápida do Tottenham em que tirou bem Wan-Bissaka do lance (60′), Lloris teve mais uma grande intervenção a remate de Bruno Fernandes de pé esquerdo (63′), Harry Kane inventou espaço na área para atirar quase sem ângulo para nova defesa de Dean Henderson (72′), Greenwood veio da direita para o meio numa diagonal com remate que saiu a rasar o poste (74′). O jogo estava vivo, intenso e a pedir mais.

O golo parecia inevitável e apareceu mesmo a 11 minutos do final, com Bruno Fernandes a ter um toque soberbo por entre as pernas de Reguilón, Greenwood a cruzar largo ao segundo poste e Cavani a mergulhar para fazer de cabeça a reviravolta antes de ir à sua área desviar uma bola perigosa para o poste naquela que seria a última oportunidade dos visitados (85′) antes de Greenwood, após assistência de Pogba, fazer o 3-1 final para o Manchester United no sexto minuto de descontos que fez também com que José Mourinho batesse mais um recorde negativo: pela primeira vez na carreira sofreu dez derrotas no Campeonato numa só temporada.

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