O PCP considera que a forma como se tem arrastado no tempo” a Operação Marquês é “inaceitável” para o cidadão comum. O processo tem merecido críticas e reações de todos os partidos, exceto do PSD, que se pronunciará esta segunda-feira.

Os comunistas divulgaram este domingo uma curta nota de reação à decisão do processo de instrução, que determinou a ida de José Sócrates a julgamento por crimes de branqueamento de capitais e falsificação de documentos (deixando cair acusações de corrupção e fraude fiscal).

Começando por registar que “foi finalmente proferida a decisão instrutória do processo da «Operação Marquês”, o PCP nota que a mesma será objeto de recurso em algumas partes pelo Ministério Público. O caso judicial que envolve o ex-primeiro-ministro é, reconhece o partido, de “inequívoca complexidade e dimensão”. No entanto, acrescenta, “tem-se arrastado no tempo de forma que é inaceitável aos olhos do cidadão comum”.

Os comunistas constaram ainda que o processo judicial está longe do seu fim, uma vez que a decisão instrutória  não é definitiva. E defendem que “todo o processo deve seguir, tão rápido quanto possível” para julgamento.

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Rio deve falar na segunda-feira

O PSD torna-se, assim, o único partido com assento parlamentar a não ter reagido ainda ao caso — no programa Circulatura do Quadrado, na TVI, a líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, disse considerar “perigoso” que os partidos “possam fazer os julgamentos em vez da Justiça”, pedindo que não se “politize” o processo. Segundo apurou o Observador junto de fonte oficial do partido, o PSD reagirá na segunda-feira à tarde, em princípio através de uma declaração de Rui Rio.

Políticos da esquerda à direita “indignados” e “preocupados” com decisão sobre Sócrates e “crise” na Justiça

A Comissão Permanente (direção do partido) dos sociais-democratas reuniu-se no sábado à tarde, por videoconferência, especificamente para analisar o caso, preferindo adiar uma reação, ao contrário dos restantes partidos.