Esta segunda-feira foi dia de desconfinamento em Inglaterra: as lojas, os espaços exteriores (esplanadas ou esplanadas improvisadas) dos pubs e restaurantes, os ginásios e os cabeleireiros e barbearias reabriram neste dia 12 de abril, depois de três meses de confinamento.

Desde janeiro que o Reino Unido enfrentava um confinamento devido à aceleração dos contágios e ao impacto da variante britânica do SARS-CoV-2 na região. Mas se para ginásios, cabeleireiros, barbearias e lojas a reabertura foi uma lufada de ar fresco, foi-o ainda mais para os empresários dos pubs — que tiveram os seus negócios encerrados durante grande parte dos últimos 12 meses.

A 27 de março, o próprio primeiro-ministro britânico tinha manifestado o quão desejoso estava de que o país regressasse a alguma normalidade e de que ele próprio pudesse beber uma caneca de cerveja num pub outra vez.

Dentro de poucos dias, poderei finalmente ir ao barbeiro. Mas mais importante do que isso: finalmente poderei descer a rua e, cautelosamente mas irreversivelmente, irei beber uma caneca de cerveja no pub”.

Boris Johnson planeava beber a sua caneca de cerveja num pub já esta segunda-feira mas a morte recente do Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo e marido da Rainha Isabel II, adiou o plano. Os ingleses, porém, não esperaram mais: os pubs que têm licença para operar durante 24 horas — sem restrições de horários — abriram portas logo depois da meia-noite e receberam clientes que brindaram, em grupos de amigos, de caneca de cerveja na mão.

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Inglaterra, que tem aproximadamente 55 milhões de habitantes, tem já mais de 33 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 administradas (mais concretamente, 33.248.869). Destas, aproximadamente 27 milhões foram primeiras doses (o que significa que quase toda a população inglesa já levou pelo menos uma dose da vacina) e mais de 6 milhões (6.177.878) foram segundas doses.

A título de comparação, Portugal, que tem aproximadamente cinco vezes menos habitantes, administrou até ao momento perto de 2 milhões de doses — quase 17 vezes menos. Tal como os restantes países da União Europeia, que estão mais atrasadas nos seus programas de vacinação.

Pode ver as imagens de uma Inglaterra a desconfinar no topo deste texto.