Os acionistas da EDP, reunidos em assembleia-geral, elegeram esta quarta-feira, entre outros pontos, o Conselho Geral e de Supervisão, que passa de 21 para 16 membros, liderado por João Talone, antigo gestor da elétrica, foi comunicado ao mercado.

De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi aprovada “a eleição dos membros do Conselho Geral e de Supervisão, do revisor oficial de contas e respetivo suplente, dos membros da assembleia-geral, dos membros da comissão de vencimentos […] e dos membros do Conselho de Ambiente e Sustentabilidade para o mandato relativo ao triénio 2021-2023”.

O Conselho Geral e de Supervisão, que passa de 21 para 16 membros, integra agora João Talone (presidente), em substituição de Luís Amado, representantes da China Three Gorges Corporation, China Three Gorges International Limited, China Three Gorges (Europe), S.A., China Three Gorges Brasil Energia Ltda, China Three Gorges (Portugal) Sociedade Unipessoal, Lda, DRAURSA, S.A., bem como Fernando María Masaveu Herrero, João Carvalho das Neves, María del Carmen Fernández Rozado, Laurie Lee Fitch, Esmeralda da Silva Santos Dourado, Helena Sofia Silva Borges Salgado Fonseca Cerveira Pinto, Sandrine Dixson-Declève, Zili Shao e Luís Maria Viana Palha da Silva (Presidente da Mesa da Assembleia Geral).

Talone foi proposto para a presidência deste órgão pela China Three Gorges e pela Oppidum Capital que detém, respetivamente, 19,03% e 7,20% da EDP. João Talone esteve 14 anos no BCP, onde foi membro da Comissão Executiva. Entre 2003 e 2006, este responsável foi presidente executivo da EDP Como revisor oficial de contas efetivo foi eleita a PricewtaerhouseCoopers & Associados e, como suplente, Aurélio Amado.

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Por sua vez, a mesa da Assembleia Geral é composta por Luís Palha da Silva (presidente), Clara Raposo (vice-presidente) e Ana Corte-Real (secretária). Já a Comissão de Vencimentos integra agora Luís Martins (presidente), José Maury e Jaime Anahory. O Conselho de Ambiente e Sustentabilidade, por seu turno, é presidido por José Viegas e integra também Joana Balsemão, Joaquim Martins, Maria Mendiluce e Pedro Oliveira.

Os acionistas da elétrica aprovaram ainda as contas individuais e consolidadas da empresa, bem como a proposta de aplicação de resultados, que prevê que do lucro apurado em 2020, no valor de 878.151.389,05 euros, 753.479.392,28 euros sejam destinados ao pagamento de dividendos, sendo o dividendo proposto de 0,190 euros por ação, 43.907.569,45 euros transferidos para a reserva legal, 6.200.000 de euros de dotação para a fundação EDP e 74.564.427,32 de euros para os resultados transitados.

Em cima da mesa estava também a atribuição de um voto de confiança ao Conselho de Administração e ao revisor oficial de contas, a autorização para a administração comprar ou vender ações e obrigações próprias, a proposta de política de remuneração dos membros do Conselho de Administração e dos restantes órgãos sociais, que também receberam “luz verde“.

Na reunião, foi ainda aprovada a renovação por cinco anos da autorização dada à administração para aumentar o capital social da EDP, “por uma ou mais vezes”, até ao limite de 10% do capital social, bem como a alteração parcial dos estatutos e a proposta de política de remuneração dos membros do Conselho de Administração e dos demais órgãos. Na sessão desta quarta-feira da bolsa, as ações da EDP cederam 0,35% para 5,09 euros.