O ministro de Estado e Negócios Estrangeiros de Portugal disse esta sexta-feira que dos 30 mil milhões de euros de financiamento ao abrigo do novo orçamento comunitário, cerca de 30% estão destinados a investimentos com objetivos relacionados com o clima.

A União Europeia acabou de aprovar o novo instrumento para o desenvolvimento regional e cooperação internacional, com uma alocação de 30 mil milhões de dólares para a África subsaariana, que tem 30% como meta de despesa para investimentos com objetivos de natureza climatérica”, disse Augusto Santos Silva.

O ministro falava no encerramento do Fórum Empresarial Europa-África, que terminou esta sexta com uma “Green Talk” de alto nível sobre “Acelerar a Parceria UE-África para a Transição da Energia Verde”, organizada pela presidência portuguesa da União Europeia (UE).

“A próxima cimeira entre a União Europeia e a União Africana é o momento perfeito para a consolidação da parceria sobre eixos semelhantes, e a transição verde estará na nossa agenda, com o nosso empenho, quer através dos países individualmente, quer através da presidência da UE, para que esta abordagem seja frutuosa e mutuamente vantajosa”, acrescentou o governante.

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A transição energética para um modelo mais sustentável e menos dependente de combustíveis poluentes trespassou grande parte da intervenção do ministro, que defendeu que esta evolução “é uma hipótese para acelerar a diversificação económica” nos países dependentes da exportação de recursos naturais e pode “traduzir-se em crescimento, criação de empregos e mais competitividade”.

Reconhecendo que África é uma das principais regiões afetadas pelas alterações climáticas, ao mesmo tempo que é uma das que menos contribui para isso, Santos Silva vincou: “Isto é injusto e não pode ser repetido na mudança para um novo paradigma baseado na transição para uma energia verde”.

A mudança de paradigma na energia, concluiu o governante, “é um imperativo para todos”