Os Fuzileiros, força anfíbia da Marinha, comemoram este domingo 400 anos de história, afirmando-se “sempre prontos para cumprir as missões que Portugal exigir”, numa cerimónia simbólica nas instalações de instrução, em Vale de Zebro, Barreiro.

“É uma marca que os Fuzileiros têm e fazem questão de vincar, de respeito pelas gerações que os antecederam em quatro séculos de História, e assumir a responsabilidade também para o futuro, de fazer parte de um grupo bem treinado, motivado, sempre pronto para cumprir as missões que Portugal exigir”, resumiu o chefe do departamento de operações do Corpo de Fuzileiros, comandante Clemente Fernando Gil, em resposta aos jornalistas.

O responsável revelou-se confiante de que “o papel dos Fuzileiros, em prol da sociedade – olhando para trás e para as sucessivas evoluções -, vai continuar a ter a relevância do passado, afirmando-se no futuro”.

“Os tempos são sempre de preparação. Ou estamos numa condição de empenhados em fazer qualquer coisa ou, não estando numa missão específica, temos sempre o empenhamento que nos obriga preparar para responder da forma mais profissional quando a necessidade surgir. É esta a postura dos Fuzileiros”, disse.

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Os “Fuzos” caracterizam-se pela “grande flexibilidade, mobilidade, poder de combate e capacidade de projetar poder em terra”, incluindo trabalho conjunto com outras forças nacionais ou multinacionais, assim como “operações de assistência humanitária, proteção e evacuação de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, além da manutenção, imposição e consolidação da paz”

Operações de combate ao tráfico de droga, pirataria marítima, contra terrorismo e crime organizado ou apoio a autoridades civis, nomeadamente em situações de catástrofe, calamidade ou acidentes graves, são outras das missões desempenhadas pelos Fuzileiros.

Em Vale de Zebro, o cerimonial foi presidido pelo Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) e da Autoridade Marítima Nacional, almirante Mendes Calado, e incluiu a “homenagem aos mortos em defesa da pátria”, com uma coroa de flores no monumento ao Fuzileiro, um minuto de silêncio e uma breve oração antes do içar da bandeira comemorativa 400 anos.

Durante o próximo ano estão previstos diversos eventos de comemoração, como conferências e exercícios diversos.

Os “Fuzos” descendem do “Terço da Armada Real da Coroa de Portugal”, primeira unidade militar constituída com caráter permanente (1621) e teve diversas designações até à atual, registada (1961) para os teatros de operações de Angola, Guiné e Moçambique, durante a guerra colonial: “Regimento do Príncipe” (1668), “Brigada Real da Marinha” (1797) ou “Batalhão Naval” (1836).