A ministra da Cultura, Graça Fonseca, mostrou-se este domingo “confiante” com a reabertura dos equipamentos culturais e casas de espetáculos agendada para segunda-feira, após um período de confinamento devido à situação pandémica que dura desde janeiro.

“Sinto que é importante para os portugueses voltarem a uma sala de espetáculos para ouvir música, regressar ao escurinho do cimenta ou ir a um teatro. Estou confiante que, a partir de amanhã [segunda-feira], as pessoas podem regressar em seguranças a estes equipamentos culturais”, vincou a ministra da Cultura.

Graça Fonseca, que falava à margem da abertura de uma exposição do escultor João Cutileiro, lembrou que as salas de espetáculos reabrem com as mesmas regras de segurança que já tinham sido adotadas antes para evitar a propagação da doença covid-19.

“Julgamos nós que estão reunidas as condições para que as pessoas se voltem a sentir seguras numa sala de espetáculos. Julgo que atores, produtores ou as salas de espetáculos demonstraram que a cultura é segura, algo muito evidente em 2020”, frisou a governante.

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A ministra lembrou também o esforço desenvolvido pelos agentes culturais, no último trimestre de 2020, quando foi necessário que todo o setor se adaptasse às novas circunstâncias ditadas pela propagação do novo coronavírus.

Graça Fonseca participou na cerimónia de abertura da exposição “Gravuras Recentes e Outros Riscos”, a primeira desde a morte de João Cutileiro, em janeiro.

A exposição estará patente até 26 de setembro e envolve inéditos do escultor, contrapondo-se à arte milenar patente no Museu do Côa, em Foz Côa, no distrito da Guarda.

Neste ato simbólico foram homenageados o escultor e antigo presidente da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro, que morreu vítima de doença súbita em 30 de janeiro.

Na segunda-feira, podem reabrir teatros, auditórios, salas de espetáculos e cinemas, e podem também ser retomados os “eventos no exterior, sujeitos as aprovação da Direção-Geral da Saúde”.

Em 03 de maio, poderão voltar a realizar-se “grandes eventos exteriores e interiores, sujeitos os lotação definida” pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o que pode vir a incluir festivais.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.000.955 mortos no mundo, resultantes de mais de 139,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.942 pessoas dos 830.560 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.