O presidente do Parlamento da Síria anunciou este domingo que serão realizadas em 26 de maio eleições presidenciais, as segundas desde o início da guerra há 10 anos, que dividiu o país liderado por Bashar al-Assad.

Os sírios que vivem no estrangeiro vão votar nas suas embaixadas em 20 de maio, anunciou o presidente do Parlamento, Hammouda Sabagh, numa reunião extraordinária, indicando que os candidatos podem ser apresentados já na segunda-feira e têm 10 dias para se inscreverem no Supremo Tribunal Constitucional, ou seja, até 28 de abril.

A lei eleitoral síria especifica que os candidatos devem obter a assinatura de 35 deputados para poderem concorrer.

As últimas eleições presidenciais na Síria aconteceram em 2014, com a reeleição de Bashar al-Assad, apesar da oposição fora dos países árabes insistir em não o reconhecer como presidente legítimo.

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Bashar al-Assad, 55 anos, substituiu o pai Hafez após a sua morte, em 2000, e foi reeleito em 2007 e, novamente, em 2014, para um mandato de sete anos e é considerado favorito para estas eleições e para um quarto mandato, na ausência de competição séria.

Assolada pela guerra que começou em 2011, a economia síria também sofre com as sanções ocidentais e os efeitos da crise financeira do país vizinho Líbano, enquanto a moeda nacional passa, atualmente, por uma desvalorização inédita.

O conflito cresceu em complexidade ao longo dos anos com o envolvimento de potências estrangeiras e uma multiplicação nas fações armadas e já provocou mais de 388.000 mortes e deslocou milhões de pessoas.

O poder de Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia e pelo Irão, encadeou vitórias contra os rebeldes enfraquecidos, recuperando o controle da maioria do território.