Na véspera das alegações finais do julgamento de Derek Chauvin, o polícia de Minneapolis acusado do homicídio do afroamericano George Floyd, várias cidades foram palco de protestos contra a violência policial na sequência de vários incidentes recentes. Segundo o The Guardian, durante o fim de semana, houve manifestações em localidades como Minneapolis, Chicago e Portland.

Na Logan Square, em Chicago, onde decorreu uma das demonstrações mais significativas do fim de semana, reuniram-se cerca de mil pessoas após as autoridades terem divulgado um vídeo que mostra o assassinato de Adam Toledo. O jovem de ascendência latina de 13 anos morreu no final de março após ter sido baleado no peito por um polícia. De acordo com os relatos de vários grupos ativistas, várias pessoas foram detidas e um jovem de 17 anos foi agredido violentamente pela polícia. O jornal Chicago Tribune deu conta de apenas dois detidos, incluindo o filho do direto do Black Lives Matter Chicago.

As imagens da morte de Toledo foram divulgadas apenas alguns dias depois da morte de Daute Write, um afroamericano de 20 anos que morreu durante uma operação stop, em Minneapolis. Os protestos organizados em Brooklyn Center, o subúrbio onde Write morreu, continuaram este fim de semana, mas com menos incidentes a registar. Ao contrário do que aconteceu em dias anteriores, a polícia não apareceu em massa para confrontar os manifestantes. Em Portland, o protesto foi desencadeado pela morte de Robert Douglas Delgado, um homem branco de 46 assassinado pela polícia.

Na Califórnia, o fim de semana ficou marcado por um incidente junto à antiga casa de Barry Brodd, testemunha de defesa de Chauvin, que considerou o caso uma “morte acidental” e não uso de “força mortal”. De acordo com um comunicado emitido pela polícia, citado pela ABC News, pessoas vestidas de preto deixaram uma cabeça de porco ensanguentada junto à porta da residência, na localidade de Santa Rosa. Esta foi encontrada pelo atual proprietário, que chamou as autoridades. “O sr. Brodd não vive na residência há vários anos e já não reside na Califórnia. Uma vez que o sr. Brodd já não vive na cidade de Santa Rosa, parece que a vítima foi erradamente visada”, afirmou a polícia.

As alegações finais do julgamento de Derek Chauvin começam esta segunda-feira. O polícia, que é acusado de homicídio em segundo grau, declarou-se não culpado da morte de George Floyd, argumentando que estava apenas a agir de acordo com o que tinha apreendido na polícia. O afromaericano morreu em maio do ano passado, após Chauvin lhe ter pressionado o pescoço com o joelho durante vários minutos. As últimas palavras de Floyd foram: “Por favor, não consigo respirar”, frase que se tornou no slogan dos protestos anti-racismo e anti-violência policial nos Estados Unidos da América.

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