O ministro da Educação português, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou esta terça-feira que a experiência obtida pelos países europeus no ensino durante a pandemia de Covid-19 poderá ser benéfica para a cooperação entre União Europeia e África.

No evento “Construindo Competências para o Futuro”, organizado pela União Europeia, União Africana e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Tiago Brandão Rodrigues assinalou que a pandemia “evidenciou que uma melhor coordenação e mais cooperação são chaves para ultrapassar desafios mútuos, enquanto estabelecem os alicerces para alcançar (…) um modelo de crescimento sustentável conjunto”.

É esta experiência de cooperação acumulada que nós podemos pôr ao serviço da parceria entre UE e África no campo da educação, facilitando as melhores práticas e a troca de experiências com vista a assegurar uma aprendizagem mútua benéfica entre a União Europeia e a União Africana”, afirmou o governante.

O ministro da Educação explicou que a pandemia “trouxe grandes desafios e alterações à forma” como se “leciona, ensina, comunica e colabora dentro e entre as comunidades” de ensino.

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Tiago Brandão Rodrigues destacou que os países da UE “tiveram a capacidade para encontrar soluções e continuar” o processo de ensino em várias formas e contextos, assim como “garantir que todos os alunos, independentemente das suas circunstâncias socioeconómicas ou necessidades educativas, continuam a aprender”.

O ministro da Educação português recordou que as relações entre UE e África “estão no centro das prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia“.

Tiago Brandão Rodrigues disse que, do lado da Europa, há um compromisso para intensificar a cooperação em múltiplas áreas, incluindo na transição verde e transformação digital, e que a educação é “uma parte integral e crucial para o sucesso da parceria” que a UE pretende continuar a construir e a aprofundar”.

Ações comuns, esforços conjuntos e a partilha de informação em tempo real devem ser as principais caraterísticas que orientam este novo quadro, tanto nos nossos respetivos continentes, Europa e África, como também no que diz respeito à parceria que desejamos crescer e prosperar juntos”, apontou.

Tiago Brandão Rodrigues afirmou também que a UE acredita que a colaboração entre instituições em África e na Europa “ajuda a atrair os melhores talentos a nível mundial e a promover a aprendizagem entre pares e projetos internacionais conjuntos“.

Estamos convencidos de que uma educação de qualidade é, não só um direito humano, mas também essencial para uma recuperação equitativa, inclusiva e sustentável das nossas sociedades. Se aprendermos a cooperar melhor, alcançaremos os nossos objetivos comuns”, concluiu o ministro da Educação português.