A Dinamarca, que tem uma das políticas de acolhimento mais restritivas da Europa, anunciou esta terça-feira o reforço das condições para a naturalização de imigrantes, excluindo todos os que foram condenados a prisão.

“A obtenção da cidadania dinamarquesa é uma grande declaração de confiança por parte da sociedade dinamarquesa (…), portanto, é necessário elevar os padrões para determinar quem pode se tornar um cidadão dinamarquês”, disse o Ministério da Migração, em comunicado.

Para os candidatos à naturalização, será assim necessário provar que se tem cadastro limpo: nenhuma pena, mesmo suspensa, tendo assegurado a sua subsistência durante pelo menos três anos e meio nos últimos quatro anos, em vez de quatro e meio em cinco.

A proposta apresentada pelo governo social-democrata, com o apoio de três partidos de oposição de direita, privilegia os “valores dinamarqueses”, incluindo cinco questões sobre este assunto no teste imposto aos candidatos, para além de testes de língua oral e escrita. “Queremos ter a certeza absoluta de que aqueles que recebem a cidadania dinamarquesa, com todos os direitos que a acompanham, estão bem integrados na sociedade dinamarquesa e também a abraçaram — incluindo os valores dinamarqueses”, explicou na televisão pública o ministro da Migração, Mathias Tesfaye.

De acordo com os dados oficiais de estatística, 11% dos 5,8 milhões de habitantes da Dinamarca são estrangeiros, dos quais 58% são cidadãos de um país classificado como “não ocidental”. Em 2020, das cerca de 7.000 pessoas que se tornaram dinamarquesas, mais de metade eram europeias.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR