Além dos 19 militares dos Comandos acusados de abuso de autoridade por ofensas à integridade física, e que enfrentam julgamento há mais de dois anos, o Ministério Público acusou outros quatro instrutores num outro processo, avança o jornal Público.

Os quatro estão acusados de 14 crimes de abusos de autoridade por ofensas à integridade física previstos no Código de Justiça Militar contra sete instruendos do Curso 123. O Ministério Público concluiu que estes arguidos “quiseram molestar fisicamente os ofendidos bem sabendo que o seu comportamento era de molde a causar sofrimento extremo e sequelas irreversíveis e incapacitadoras do normal uso do corpo”, falando mesmo em “instintos sádicos”.

Uma das vítimas relatou mesmo às autoridades que levou uma chapada de um instrutor no ouvido direito que lhe furou o tímpano, outro ficou com um desvio permanente na cana do nariz e várias cicatrizes no corpo, por exemplo.

Um dos sargentos acusados neste processo é também um dos 19 arguidos (oito deles oficiais) que está a gora a ser julgado no Campus da Justiça, desde 2018, pela morte de dois instruendos, Hugo Abreu e Dylan da Silva, no Curso 127. Este caso tem alegações finais previstas para maio.

Há ainda um terceiro curso a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Ação e Penal. Segundo Público trata-se do Curso 125, que se realizou em Outubro de 2015, e que em novembro de 2020 contava com três arguidos constituídos. Um deles também é arguido no caso do Curso 127.

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