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Daniel Levy despediu Mourinho, agora os adeptos querem "despedi-lo". Pelo meio, o Tottenham lá voltou a ganhar

Este artigo tem mais de 3 anos

Poucas horas depois de entrar na Superliga, presidente do Tottenham despediu Mourinho, promoveu Ryan Mason mas ainda paga fatura da aposta na nova competição – e mesmo com saída, adeptos não perdoam.

Adeptos do Tottenham manifestaram-se em frente ao estádio antes do jogo, pedindo a saída de Daniel Levy da presidência do clube
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Adeptos do Tottenham manifestaram-se em frente ao estádio antes do jogo, pedindo a saída de Daniel Levy da presidência do clube

Adeptos do Tottenham manifestaram-se em frente ao estádio antes do jogo, pedindo a saída de Daniel Levy da presidência do clube

A saída de José Mourinho do Tottenham não foi propriamente uma surpresa pela decisão mas foi seguramente uma surpresa pelo timing. E mesmo sem o assumir, a expressão facial que o português fez quando perguntaram à porta de sua casa depois do despedimento o que achava da rescisão a seis dias da final da Taça da Liga disse tudo. Razões possíveis para a saída extemporânea? Hipótese 1) o empate frente ao Everton, que prolongou uma série de maus resultados na Premier League com sete derrotas e dois empates em 14 jogos. Hipótese 2) o choque entre o treinador e o presidente, Daniel Levy, a propósito da Superliga Europeia; Hipótese 3) a vontade de iniciar um novo ciclo antes de começar uma prova que acabaria por morrer 48 horas depois. Até agora, ninguém sabe.

Caiu mais uma bomba no Tottenham: Mourinho despedido a menos de uma semana de disputar final da Taça da Liga

Houve mais explicações sobre a rescisão de contrato com José Mourinho, que terá um custo de pelo menos 17 milhões de euros para o clube. E o The Athletic resumiu algumas, dos treinos demasiado vocacionados para as manobras defensivas às críticas abertas aos jogadores em público, passando pela relação menos próxima com o plantel do número 2 da equipa técnica, João Sacramento, e por uma palestra que terá funcionado como ponto de viragem no intervalo da derrota frente ao Manchester City. Mais uma vez, e até agora, ninguém sabe – com esse acrescento de ser evidente que alguns jogadores “estavam” claramente com o técnico pela prestação que tinham em campo, casos de Harry Kane, Höjberg ou Lucas Moura (tivessem mais ou menos rendimento).

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A palestra no jogo com o City foi a viragem de algo que estava mal, dos treinos às conferências: os bastidores da saída de Mourinho

O que se sabia então? Que Ryan Mason, que estava na formação do Tottenham, foi o escolhido para ficar como o treinador interino da equipa. E que Ryan Mason, menos de 72 horas depois, iria tornar-se de forma automática no técnico mais novo de sempre na Premier League, com apenas 29 anos e um passado fatídico no futebol: sendo um jogador formado nos spurs mas que durante várias épocas foi emprestado a diferentes clubes, teve um fim precoce de carreira na sequência de um choque violento com Gary Cahill num jogo do Hull City em janeiro de 2017 que lhe provocou uma fratura craniana com derrame cerebral e colocou a sua vida em risco. Aos 26 anos foi obrigado a enveredar por outro rumo e, ao mesmo tempo que entrou na formação do Tottenham, tornou-se o símbolo de questões cada vez mais discutidas como o fim dos cabeceamentos nos jogos dos mais novos. Agora, assumia um projeto gigante, logo com um encontro frente ao Southampton, e a menos de uma semana de uma final da Taça da Liga diante o Manchester City. E, entre tudo isto, era sobre Daniel Levy que se falava.

Apesar do recuo do Tottenham no processo da Superliga Europeia a par dos restantes clubes ingleses, na noite de terça-feira, os adeptos voltaram a concentrar-se em frente do estádio a mostrarem o descontentamento com uma prova que morreu antes de nascer mas a visarem sobretudo o líder do clube, pedindo que peça a demissão como aconteceu com Ed Woodward, diretor executivo do Manchester United que está de saída no final da época. O encontro já tinha quase um minuto quando Levy ocupou o seu lugar na tribuna para assistir à estreia de Ryan Mason no comando técnico da equipa. Com um ar aparentemente tranquilo, com um sorriso tímido para um dos presentes, já mais apreensivo com o passar dos minutos. Esta foi uma das semanas mais difíceis no clube por variadas razões e uma vitória diante do Southampton surgia como uma mal menor entre toda a turbulência.

Sem Harry Kane, Mason abdicou dos três defesas utilizados por Mourinho no último encontro com o Everton que dirigiu (2-2), abdicou de Joe Rodon para colocar Lucas Moura como avançado centro mais móvel tendo o apoio nas alas de Gareth Bale e Son e apostou em Lo Celso em vez de Sissoko no meio-campo, recuando um pouco Ndombelé para uma fase mais inicial de construção. A ideia passava por ter mais mobilidade, mais velocidade e mais unidades na frente mas a primeira oportunidade flagrante, que foram duas, pertenceu aos visitados: livre lateral marcado na esquerda, primeiro desvio de Salisu para grande defesa de Hugo Lloris e recarga de Che Adams que voltou a ser desviada para canto pelo francês quando estava no relvado (2′).

O encontro foi tudo menos pródigo em grandes motivos de interesse ou oportunidades mas até ao intervalo foi sempre o Southampton a chegar com outro pragmatismo à baliza de Lloris, tendo inaugurado o marcador na sequência de um canto marcado por Ward-Prowse pelo inevitável Danny Ings, a aparecer ao primeiro poste de cabeça para um desvio para o poste contrário sem hipóteses para o guarda-redes francês (30′). Até mesmo a perder, foi preciso esperar pelos descontos da primeira parte para o Tottenham ter uma hipótese com potencial perigo, com Lucas Moura a rematar muito por cima na área depois de uma assistência de Son (45+1′).

[Clique nas imagens para ver os golos do Tottenham-Southampton em vídeo]

Na segunda parte, e sobretudo após a saída de Danny Ings com problemas numa coxa a seguir a um remate de meia distância que saiu à figura de Lloris, o Tottenham conseguiu finalmente encostar o Southampton ao seu meio-campo, aumentou a intensidade e agressividade no seu jogo e chegou ao empate por Gareth Bale (60′), num remate em arco muito colocado descaído sobre o lado direito que deixava tudo em aberto para a meia hora final, quando Son chegou a marcar após assistência de Reguilón com o golo a ser anulado por posição irregular de Lucas Moura. Esse lance acabou por esmorecer essa melhoria dos londrinos mas a reviravolta chegaria mesmo em cima do minuto 90, numa grande penalidade cometida sobre Reguilón e convertida por Son a fazer o 2-1.

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