O fim dos mestrados integrados (ou seja, aqueles que são “incluídos” no mesmo pacote que a licenciatura) está a levar a um aumento exponencial do número de licenciaturas e mestrados, em parte porque os reitores acreditam que a oferta mais diversificada de mestrados pode atrair mais estudantes estrangeiros.

A notícia, avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias, detalha que a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) recebeu 84 pedidos para validação de novas licenciaturas e 121 para novos mestrados, sendo que no início de março dois terços destes já tinham sido acreditados. Há já cursos que, com esta desagregação, estão a dar origem a três a cinco novos mestrados.

O efeito de “aumento exponencial” tem a ver com o fim dos mestrados integrados, que foi decidido pelo Governo e que se aplica já no próximo ano letivo, estando previsto um período transitório de quatro anos letivos para os estudantes que já estão inscritos neste tipo de cursos. Para os restantes, e especialmente, esperam reitores citados pelo Jornal de Notícias (Universidade do Minho e Universidade do Porto) para os estudantes internacionais, a grande oferta e diversidade de mestrados poderá ser mais atrativa.

Outro argumento a favor deste ‘desdobramento’ das licenciaturas e mestrados que até agora funcionavam sob o mesmo chapéu em dois ciclos de ensino separados é que essa mobilidade, que assim pode ser feita entre instituições, permite ao estudante conhecer outras realidades. Ainda assim, há reitores que temem que isto seja um fator a funcionar contra a descentralização, fixando os alunos por menos tempo em instituições no interior do país.

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