Ramalho Eanes será o único antigo Presidente da República a marcar presença na cerimónia comemorativa dos 47 anos do 25 de Abril, no domingo, no parlamento, e Cavaco Silva vai faltar pelo segundo ano consecutivo.

Fonte do gabinete de Eanes afirmou à Lusa que o ex-chefe de Estado estará na cerimónia acompanhado pela mulher, Manuela Eanes. Já Jorge Sampaio, de acordo com o seu gabinete, “não estará presente por motivos de saúde“.

Fonte oficial do gabinete de Cavaco Silva confirmou à agência Lusa que o antigo Presidente da República não irá à sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril por continuar “a respeitar as regras sanitárias devido à pandemia” e, portanto, tal como no ano passado, não estará presente na Assembleia da República no domingo.

Cavaco Silva, de acordo com a mesma fonte, já respondeu ao convite do parlamento, conforme noticiado esta manhã pelo Observador. A Assembleia da República vai repetir na sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril de 1974 o modelo restritivo de presenças que foi adotado no passado por causa da epidemia de Covid-19.

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Cavaco Silva não vai participar nas comemorações do 25 de Abril no Parlamento

No ano passado, já em plena primeira vaga da Covid-19 e com o país em estado de emergência, entre convidados, deputados e membros do Governo, estiveram presentes menos de 100 pessoas no hemiciclo.

A maioria dos partidos concordou em realizar a sessão adaptada às restrições da pandemia – CDS e Chega foram contra e PAN e Iniciativa Liberal preferiam outro formato de comemorações —, numa cerimónia que só por quatro vezes não aconteceu ao longo das últimas quatro décadas.

Em 25 de abril de 1974, um movimento de capitães derrubou a ditadura de 48 anos, de Marcelo Caetano, chefe do Governo, e Américo Tomás, Presidente da República, um golpe que se transformou numa revolução, a “Revolução dos Cravos”.