A votação final global das alterações à lei eleitoral autárquica, na Assembleia da República, registou esta quinta-feira momentos pouco comuns, com uma falha no sistema informático que não permitia votar contra.

Isso parece-me um sistema pouco democrático, mas não me parece que seja esse o sistema habitual na Assembleia da República”, comentou, entre sorrisos, Ferro Rodrigues, presidente do parlamento, mas que logo ali resolveu o problema.

Quem não conseguisse votar “seguindo a sua consciência“, poderia comunicar o seu sentido de voto “aos serviços” que o voto seria considerado, disse Ferro Rodrigues, já num registo mais sério. O primeiro caso foi o de um deputado que se queixou de que, em dois ecrãs, só tinha duas opções, votar a favor ou a favor, faltando o voto contra, o que motivou risos dos deputados.

Uma outra deputada, do PSD, queixou-se de que o sistema apenas lhe permitia votar a favor, e o mesmo aconteceu com Luis Marques Guedes e Pedro Alves, ambos sociais-democratas. Tratando-se de uma lei orgânica, a votação da legislação eleitoral, neste caso para as autarquias, faz-se através de votação eletrónica.

A votação aconteceu em três momentos, em três “vagas“, como lhe chamou Ferro Rodrigues, para que não estivessem muitos deputados ao mesmo tempo no hemiciclo devido às restrições causadas pela epidemia de Covid-19.

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