Depois de a pandemia ter obrigado a fechar fábricas de automóveis, ou forçá-las a reduzir a produção, eis que uma pequena peça, das menores que são utilizadas para construir um veículo, consegue repetir a lamentável proeza. A peça em causa é o chip, ou semicondutor, necessário para controlar determinados sistemas e dispositivos, sendo que a sua falta impede que a produção dos carros seja completada.

Peça com 2,6 cm está a sufocar os construtores de automóveis

Para já, uma das fábricas mais afectadas da Mercedes é a de Bremen, onde os 12.000 trabalhadores produzem os Mercedes Classe C, GLC e EQC, uma vez que este eléctrico está montado numa plataforma de veículos concebida para motores de combustão. A instalação fabril de Rastatt, que fabrica os Classe A, B e GLA, emprega 6500 funcionários.

Ambas as fábricas viram-se obrigadas a colocar os seus 18.500 empregados em horário parcial, segundo o construtor alemão, “devido à falta de semicondutores”, o que impede a produção de veículos ao ritmo normal. Sem conseguir prever quando o problema estará ultrapassado, o porta-voz da marca confirma que “a situação é volátil e vamos ter de nos adaptar à evolução dos acontecimentos”.

A falta de chips é global e afecta muitas indústrias, com destaque para a automóvel, na medida em que, com os veículos a recorrer a cada vez mais processadores, não se consegue fabricar um único modelo sem a necessária quantidade de semicondutores. A Mercedes não está só a batalhar contra este problema, de que também enfermam a generalidade dos seus rivais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR