O Papa Francisco apelou nesta quinta-feira para que sejamos “zeladores da Natureza” e afirmou que no “desafio pós-pandemia” é “cada vez mais importante” garantir um “ambiente mais limpo e mais puro”.

O Papa Francisco saudou os participantes na Cimeira de Líderes sobre o Clima, organizada pelos EUA, considerando-a uma “iniciativa feliz”, numa breve declaração por videoconferência.

O chefe de Estado do Vaticano defendeu que temos que ser “zeladores da Natureza”, uma “dádiva que recebemos e da qual temos que cuidar para o futuro”.

É cada vez mais importante devido ao desafio que enfrentamos no pós-pandemia. Precisamos de continuar a seguir em frente, porque não se sai de uma crise igual ao que se entrou, ou se sai melhor ou pior. Temos que garantir que temos um ambiente mais limpo, mais puro. Temos que o preservar, temos que cuidar da Natureza para que ela possa cuidar de nós”, disse o Papa Francisco, concluindo a intervenção com votos de sucesso para a cimeira.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidou 40 líderes mundiais para uma cimeira destinada a preparar o caminho para a cimeira das Nações Unidas sobre o clima que se se realiza este ano em Glasgow (COP26). Biden comprometeu-se já a cortar em metade as emissões de gases com efeito de estufa nos EUA até 2030, com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica em 2050.

O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu cooperação internacional na luta contra as alterações climáticas; o presidente chinês, Xi Jinping, pediu respeito pelo multilateralismo e responsabilidades diferenciadas aos países conforme a sua prosperidade económica; o presidente francês, Emmanuel Mácron, pediu maior rapidez na aplicação do Acordo de Paris; e a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o país continuará a fazer a sua parte em defesa do clima.

Entre os países de língua oficial portuguesa, o Brasil comprometeu-se a pôr fim à desflorestação e a atingir a neutralidade carbónica em 2050.

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