Em atualização
Uma agente da polícia francesa morreu esta sexta-feira depois de ter sido esfaqueada por um homem de nacionalidade tunisina em Rambouillet, a cerca de 50 quilómetros de Paris.
De acordo com o jornal Le Monde, a agente de 49 anos foi atacada com uma faca, enquanto se encontrava na esquadra da polícia, por volta das 14h30 locais (13h30 em Lisboa), e acabou por morrer de paragem cardiorrespiratória no hospital. A intervenção dos bombeiros não foi suficiente para socorrer a vítima, que, após um primeiro inquérito, aparenta ter sido atacado na garganta.
As testemunhas no local relatam que o homem passou a manhã a andar junto à esquadra com o telemóvel na mão e atacou polícia polícia quando ela entrava no estabelecimento policial.
O agressor era tunisino em situação legal, que já vivia em França há alguns anos, mas os motivos continuam a não ser conhecidos. Foi posteriormente abatido com balas de outros agentes presentes no local. Algumas testemunhas afirmam que, momentos antes do ataque, ouviram a expressão “Allahu akbar” (Ala é Maior). Uma operação policial já está a decorrer na casa do tunisino, avança a AFP.
Reações: “Ataque cobarde” a promessa do combate ao islamismo terrorista
O primeiro-ministro francês, Jean Castex já reagiu na sua conta pessoal do Twitter e afirmou que a “República acaba de perder uma das suas heroínas do quotidiano em um gesto bárbaro de covardia infinita”. “Ao que lhe são próximos, quero expressar o apoio de toda a Nação. Às nossas forças de segurança, quero dizer que partilho a emoção e a indignação”, prossegue.
La République vient de perdre l’une de ses héroïnes du quotidien, dans un geste barbare et d’une infinie lâcheté.
À ses proches, je veux faire part du soutien de la Nation tout entière.
À nos forces de sécurité, je veux dire que je partage leur émotion et leur indignation.— Jean Castex (@JeanCASTEX) April 23, 2021
Também o Presidente da República francês, Emmanuel Macron, já reagiu, assegurando que França não irá desistir “contra o terrorismo islâmico”.
Elle était policière. Stéphanie a été tuée dans son commissariat de Rambouillet, sur les terres déjà meurtries des Yvelines. La Nation est aux côtés de sa famille, de ses collègues et des forces de l’ordre. Du combat engagé contre le terrorisme islamiste, nous ne céderons rien.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) April 23, 2021
Por seu turno, Marine Le Pen, adversária de Macron nas últimas presidenciais francesas, lamentou que se continuem a registar os “mesmos horrores, a mesma tristeza infinita ao pensar nos familiares e colega desta polícia assassinada, os mesmos perfis culpados desta bárbarie, os mesmos motivos islâmicos”.
Les mêmes horreurs se succèdent, la même infinie tristesse en pensant aux proches et aux collègues de cette policière assassinée, les mêmes profils coupables de cette barbarie, les mêmes motifs islamistes…
On n’en peut plus. MLP #Rambouillet
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) April 23, 2021
Gerald Darmanian, ministro do Interior francês, exortou os responsáveis provinciais a “reforçarem a vigilância e as medidas de segurança nas imediações das esquadras da polícia e das brigadas da guarda nacional, em particular quando se tratar de receber pessoas”, segundo um telegrama envidado pelo gabinete do ministro do Interior e divulgado pela agência noticiosa AFP.
Notícia atualizada às 18h17 com mais detalhes e as reações de Macron, Castex e Le Pen.