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Uma agente da polícia francesa morreu esta sexta-feira depois de ter sido esfaqueada por um homem de nacionalidade tunisina em Rambouillet, a cerca de 50 quilómetros de Paris.

De acordo com o jornal Le Monde, a agente de 49 anos foi atacada com uma faca, enquanto se encontrava na esquadra da polícia, por volta das 14h30 locais (13h30 em Lisboa), e acabou por morrer de paragem cardiorrespiratória no hospital. A intervenção dos bombeiros não foi suficiente para socorrer a vítima, que, após um primeiro inquérito, aparenta ter sido atacado na garganta.

As testemunhas no local relatam que o homem passou a manhã a andar junto à esquadra com o telemóvel na mão e atacou polícia polícia quando ela entrava no estabelecimento policial.

O agressor era tunisino em situação legal, que já vivia em França há alguns anos, mas os motivos continuam a não ser conhecidos. Foi posteriormente abatido com balas de outros agentes presentes no local. Algumas testemunhas afirmam que, momentos antes do ataque, ouviram a expressão “Allahu akbar” (Ala é Maior). Uma operação policial já está a decorrer na casa do tunisino, avança a AFP.

Reações: “Ataque cobarde” a promessa do combate ao islamismo terrorista

O primeiro-ministro francês, Jean Castex já reagiu na sua conta pessoal do Twitter e afirmou que a “República acaba de perder uma das suas heroínas do quotidiano em um gesto bárbaro de covardia infinita”. “Ao que lhe são próximos, quero expressar o apoio de toda a Nação. Às nossas forças de segurança, quero dizer que partilho a emoção e a indignação”, prossegue.

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Também o Presidente da República francês, Emmanuel Macron, já reagiu, assegurando que França não irá desistir “contra o terrorismo islâmico”.

Por seu turno, Marine Le Pen, adversária de Macron nas últimas presidenciais francesas, lamentou que se continuem a registar os “mesmos horrores, a mesma tristeza infinita ao pensar nos familiares e colega desta polícia assassinada, os mesmos perfis culpados desta bárbarie, os mesmos motivos islâmicos”.

Gerald Darmanian, ministro do Interior francês, exortou os responsáveis provinciais a “reforçarem a vigilância e as medidas de segurança nas imediações das esquadras da polícia e das brigadas da guarda nacional, em particular quando se tratar de receber pessoas”, segundo um telegrama envidado pelo gabinete do ministro do Interior e divulgado pela agência noticiosa AFP.

Notícia atualizada às 18h17 com mais detalhes e as reações de Macron, Castex e Le Pen.