A polémica em torno do projeto da Superliga de futebol deve servir de “lição” para promover um modelo “mais justo” de redistribuição financeira, considerou esta sexta-feira Alberto Colombo, da Associação das Ligas Europeias (European Leagues).

Ao longo dos últimos dias temos assistido à união de toda a comunidade do futebol em torno dos princípios e valores da inclusão, mérito desportivo e solidariedade. Seguramente que o que experienciámos representa uma mudança na forma como os decisores do futebol vão ter que repensar toda a governança do jogo”, lançou o secretário-geral adjunto das Ligas Europeias numa declaração escrita.

O responsável realçou que “estes princípios e valores têm que ser as bases sobre as quais são construídas as competições“.

Alberto Colombo acrescentou que isto é “particularmente relevante para a forma como as ligas domésticas e as provas da UEFA devem redistribuir os seus recursos financeiros no futuro”. E rematou: “Isto deve servir de lição para implementar uma redistribuição mais justa e mais equitativa do dinheiro, de modo a preservar o sonho de todos os clubes e dos seus fãs na Europa de alcançarem sucesso desportivo.”

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O anúncio da Superliga Europeia aconteceu no domingo, mas não sobreviveu mais de 48 horas, com várias vozes críticas, desde governos, à UEFA, FIFA, Federações e adeptos.

Perante as críticas, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto da Superliga na terça-feira, seguindo-se já na quarta-feira Atlético de Madrid e Inter Milão.

AC Milan e Juventus já reconheceram a necessidade de avaliar o projeto, enquanto os presidentes de FC Barcelona e Real Madrid consideram que esta era uma prova necessária e que ainda haverá possibilidade de avançar.

O sonho liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.