O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou este sábado à calma após os maiores confrontos em anos em Jerusalém entre judeus de extrema-direita, palestinianos e as forças de segurança.

“Queremos, acima de tudo, fazer respeitar a lei a ordem pública (…) Exigimos agora que a lei seja respeitada e peço calma a todas as partes”, disse Netanyahu num comunicado.

“Mantemos a liberdade de culto, como todos os anos, para todos os residentes e visitantes de Jerusalém”, assegurou, numa referência às orações na esplanada das Mesquitas, terceiro lugar sagrado do islão, na Cidade Velha de Jerusalém, quando decorre o mês de jejum muçulmano do Ramadão.

Netanyahu, que falava após uma reunião de urgência dos responsáveis pela segurança, também evocou o agravamento da violência, após terem sido lançados na noite de sexta-feira para hoje cerca de três dezenas de ‘rockets’ a partir da Faixa de Gaza para o sul de Israel.

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Em represália, tanques, aviões de combate e helicópteros atacaram, segundo o exército, posições do Hamas, o movimento islâmico que controla desde 2007 o enclave palestiniano sob bloqueio do Estado hebreu.

“Em relação à Faixa de Gaza, dei ordem para estarmos prontos para todos os cenários”, afirmou o primeiro-ministro israelita.

Uma trégua frágil está em vigor entre Israel e o Hamas, depois de três guerras em 2008, 2012 e 2014.

Nas últimas noites têm-se registado confrontos em Jerusalém, que na noite mais violenta, de quinta-feira para sexta-feira, envolveram judeus de extrema-direita, palestinianos e a polícia e causaram mais de 120 feridos.

Segundo a agência noticiosa espanhola EFE, a crescente tensão na considerada Cidade Santa pelas três regiões monoteístas já se estendeu a Gaza e à Cisjordânia, com o lançamento de ‘rockets’ e protestos.