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O clube do povo quer voltar às origens mas dentro de campo o filme é o mesmo: Liverpool sofre empate frente ao Newcastle nos descontos

Este artigo tem mais de 2 anos

Adeptos do Liverpool separaram o seu trigo do joio, apoiando a equipa antes do jogo entre muitas mensagens contra os proprietários dos reds, mas viram novo empate frente ao Newcastle (1-1).

Salah inaugurou o marcador logo aos quatro minutos num dia em que Jürgen Klopp voltou a apostar em quatro avançados de início mas Newcastle empatou no final
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Salah inaugurou o marcador logo aos quatro minutos num dia em que Jürgen Klopp voltou a apostar em quatro avançados de início mas Newcastle empatou no final

Salah inaugurou o marcador logo aos quatro minutos num dia em que Jürgen Klopp voltou a apostar em quatro avançados de início mas Newcastle empatou no final

“Quero pedir desculpa a todos os fãs do Liverpool pelo caos causado nas últimas 48 horas. O projeto não iria prosseguir sem o apoio dos adeptos. Nestas 48 horas, ouvimos-vos e percebemos que não o querem. Quero pedir desculpa ao Jürgen [Klopp] e aos jogadores. A todos os que trabalham arduamente para que o Liverpool e os seus adeptos se orgulhem. Não têm qualquer responsabilidade por isto. Isto é o que mais me dói. Trabalhamos para que se sintam orgulhosos do clube todos os dias (…) É meu dever, depois de vos ter dececionado, pedir desculpa e assumir a responsabilidade por este processo negativo e desnecessário das últimas 48 horas. É algo que não vou esquecer e que mostra o poder que os adeptos têm hoje em dia e continuarão a ter. Esta situação pandémica está a mostrar-nos como os adeptos são cruciais em todos os desportos.  É importante que a família Liverpool esteja unida face a este desafio global. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que isso aconteça”.

Na véspera, o Arsenal tinha sido o único clube da Premier League a sair da Superliga Europeia e a assumir que tinha cometido um erro, pedindo desculpas por isso. John W. Henry, proprietário do Liverpool, fez umas horas depois um vídeo ou deu mostras desse arrependimento e falou para dentro, não só para os adeptos mas também para o treinador, que tinha sido dos mais críticos à ideia, e para o capitão Jordan Henderson, representante de todos os outros capitães e jogadores da liga inglesa que tomaram igualmente uma posição. O projeto que visava mudar o futebol europeu como o conhecemos falhou – e muito por culpa da queda de todos os britânicos. No entanto, ficaram as feridas de dois dias de manifestações e revolta contra os proprietários dos reds.

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“É embaraçoso. Como representantes dos adeptos, estamos chocados e opomo-nos a esta decisão. A FSG [empresa norte-americana dona do clube] ignorou os adeptos na sua busca implacável e gananciosa por dinheiro”, disse após o anúncio da decisão a Spirit of Shankly, organização que junta os adeptos do Liverpool. “Estou chocado e envergonhado. Quando se fala do Liverpool, da história e das raízes do clube, cita-se sete, oito, nove citações do meu avô que são todas apropriadas à situação atual – socialismo, ganância e Santíssima Trindade. Mas também penso num dos comentários menos conhecidos dele, do livro, em que ele disse algo sobre querer aproximar o clube aos adeptos. E ele conseguiu isso”, acrescentou Chris Shankly, neto de uma das maiores lendas do clube, que pretendia mesmo que a estátua de Bill saísse de Anfield. Em paralelo, a Tribus, marca de relógios que estava como patrocinadora dos reds, anunciou que iria afastar-se do clube. Mais uma vez, tudo em 48 horas.

A montanha pariu um rato mas nada ficará como era antes, sobretudo numa temporada falhada do Liverpool em que luta para entrar nos quatros primeiros da Premier e já foi afastado de todas as outras provas. E o próprio Jürgen Klopp, colocando de novo o enfoque no papel secundário com que quem tutela o futebol restringe os verdadeiros intérpretes, pediu aos jogadores que se concentrassem apenas no jogo com o Newcastle, depois do empate frente ao Leeds United e numa fase em que a equipa joga tudo para chegar à Champions. “Não podem simplesmente chegar e introduzir mais competições. O fim da Superliga Europeia é muito bom mas a nova Liga dos Campeões não é uma boa ideia. A UEFA apresentou o formato e posso dizer que não gosto. Não sei onde vamos meter mais quatro jogos. Ninguém fala connosco, só dizem ‘Joguem mais jogos’. Newcastle? Estas coisas não se resolvem numa semana, mas temos de concentrar no nosso trabalho, que é jogar”, salientou.

No primeiro encontro depois do terramoto no futebol europeu, centenas de adeptos fizeram questão de separar o seu trigo do joio, apoiando a equipa nas ruas adjacentes à entrada em Anfield entre muitos cartazes pedindo a saída de John W. Henry e dos proprietários americanos do clube, numa onda transversal que levou mesmo a que adeptos dos reds e do Manchester United tenham marcado uma manifestação conjunta em Old Trafford no dia 2, quando as duas equipas se defrontarem. O clube do povo pediu fora de campo para regressar aos velhos tempos mas isso não aconteceu também no relvado, com o Liverpool a empatar na receção ao Newcastle nos descontos apesar do golo madrugador de Mo Salah, que se tornou o primeiro do clube a marcar 20 ou mais golos na Premier League em três edições consecutivas, superando o registo de nomes como Fowler ou Suárez.

Com Klopp a regressar aos quatro avançados, abdicando de James Milner para deixar o meio-campo apenas para a dupla Thiago Alcântara e Wijnaldum, o Newcastle montou um esquema de 4x4x2 mais defensivo com os dois criativos Almirón e Joelinton mais preocupados com as subidas de Alexander-Arnold e Robertson do que nas saídas em transição mas que demorou pouco mais de três minutos a ruir: Sadio Mané cruzou da esquerda, o alívio não tirou a bola da área e Salah teve uma fantástica receção a preparar o remate forte sem hipóteses para Dúbravka (4′). Longstaff, aproveitando um grande passe a explorar a profundidade de Shelvey, ainda teve uma chance para o empate mas o intervalo chegaria com um festival de lances ofensivos não concretizados pelos reds, com Diogo Jota a ter três remates entre defesas de Dúbravka, o destaque dos magpies no primeiro tempo.

[Clique nas imagens para ver os golos do Liverpool-Newcastle em vídeo]

No segundo tempo, apesar de mais uma chance perdida por Joelinton aproveitando um erro na saída a construir a partir de trás do Liverpool, foi a equipa da casa que continuou a somar oportunidades atrás de oportunidades perdidas na área do Newcastle, num encontro que às vezes se tornou quase num vulgar “tiro ao boneco” à baliza de Dúbravka sem efeitos práticos, colocando-se a jeito para um final à Hitchcock com Callum Wilson a fazer o empate aos 90+1′, a ver esse golo anulado por ter trocado com o braço após uma primeira defesa de Alisson mas a fechar com um remate certeiro de Joe Willock no último lance do jogo que fez o 1-1 aos 90+5′.

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