O novo CEO da Honda, Toshihiro Mibe, anunciou que a Honda tem finalmente um rumo claro quanto ao futuro da energia que vai mover os motores dos seus veículos. Mibe afirmou que a marca está decidida a tornar-se eléctrica, abrindo a porta em paridade de oportunidades aos modelos alimentados pela energia armazenada em baterias ou gerada a bordo por células de combustível a hidrogénio, as fuel cells.

Elaborando sobre os pormenores da estratégia para os próximos 20 anos, a Honda pretende atingir nos maiores mercados 40% de eléctricos em 2030, a bateria e a fuel cells, para evoluir para 80% em 2035 e atingir os 100% em 2040. Isto implica não só o fim da produção de motores de combustão, como de híbridos e de híbridos plug-in.

A Honda tem andado algo à deriva em matéria de estratégia para a electrificação de gama, especialmente para o mercado europeu, que aparentemente deixou de ser prioritário. O construtor japonês, que sempre usufruiu de uma excelente imagem no Velho Continente, depois de comercializar 159 mil veículos em 2001 e 187 mil em 2010, caiu para somente 80 mil em 2020, o que levou ao encerramento da única fábrica na União Europeia, em Swindon, no Reino Unido.

Parte dos problemas que prejudicaram o construtor no passado teve a ver com uma aposta tardia nos motores diesel, apenas em 2003, quando esta tecnologia dominava a maioria dos segmentos do mercado há muito, erro que o construtor nipónico voltou a repetir, ao ser uma das últimas marcas a abraçar a aposta na produção de veículos 100% eléctricos em grande série.

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