A actual época de F1, que terá no GP do Algarve o seu próximo evento, estreou novas regras de transmissão televisiva, concentrando as emissões em canal pago, com contrato de exclusividade com a Sky. Desconhece-se a verba paga por esta cadeia de televisão, que depois revende os direitos pelo mundo inteiro, mas sabe-se que a aposta em canal pago diminuiu drasticamente a quantidade dos que acompanham as provas em casa, através da televisão. E isto é mau para os anunciantes e, sobretudo, para os construtores que suportam equipas, técnicos e pilotos, além de desenvolverem carros e motores.

aqui falámos das quebras de audiência registadas com o encerramento das emissões em canal aberto, sobretudo via o canal alemão RTL, que tinha sozinho mais espectadores do que os canais pagos todos juntos. Este ano, para maximizar o encaixe, a entidade que organiza o Mundial de F1 optou por vender os direitos de transmissão à Sky, canal que difunde as provas em regime de assinatura, vendendo os direitos de transmissão a canais dos diferentes países.

Essa solução financeira pode ser interessante mas, entre a primeira corrida do Mundial de 2020 e a deste ano, a F1 perdeu cerca de 4 milhões de espectadores, com a prova a ser seguida por 1,22 milhões, contra 5 milhões no ano anterior. Se esta foi a realidade do GP do Bahrain, que assustou os construtores envolvidos, havia uma óbvia curiosidade para a segunda prova do ano, disputada no circuito de Imola, onde foi novamente permitido à RTL difundir a corrida e sessões de treinos em canal aberto.

A reacção do público que acompanhou Imola não podia ser melhor. Por um lado, a RTL anunciou que teve 4,16 milhões a seguir a sua transmissão em directo, uma melhoria inclusivamente face aos 3,58 atingidos em 2020. Por outro lado, a Sky admitiu que depois de ter 1,22 milhões de assinantes na primeira prova do campeonato, sem RTL, contabilizou somente 770.000 subscritores em Imola, uma redução de 37%. Lamentavelmente, a RTL não deverá cobrir o GP de Portugal, para depois regressar em Barcelona, a que se seguirão mais duas corridas até ao final da época, numa medida que se destina a aliciar os interessados a subscrever o serviço da Sky, enquanto eleva artificialmente o número de espectadores.

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