Em agosto, o primeiro dia desde o início da pandemia em que Portugal não registou qualquer morto infetado com a Covid-19 Lacerda Sales emocionou-se durante a conferência de imprensa ao anunciar esse dado. Agora, depois de no domingo, 25 de abril, não ter morrido ninguém em Portugal infetado com a doença, Lacerda Sales diz que estes dias têm que deixar “de ser exceção e passar a norma”.

Zero mortes, um secretário de estado emocionado e uma aplicação que nunca mais chega

Num artigo de opinião, Lacerda Sales diz que um relatório da DGS sem qualquer morte registada “é o resultado de um enorme sentido cívico de dever e de grandes sacrifícios, individuais e coletivos, que os portugueses têm feito ao longo deste mais de um ano de combate à pandemia” e ainda “a expressão de um enorme trabalho desenvolvido pelo Serviço Nacional de Saúde e por todos os seus profissionais”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“É para repetirmos dias como este que vamos continuar a trabalhar: para continuarmos a garantir capacidade de resposta a todos os nossos cidadãos, estejam eles onde estiverem. Para que dias como o 3 de agosto e o 26 de abril [relatórios que dizem respeito às 24 horas dos dias anteriores, respetivamente 2 de agosto e 25 de abril] deixem de ser a exceção e passem a ser a norma. É essa a nossa responsabilidade, que continua a ser muito grande, mas é um peso partilhado com os portugueses e, juntos, temos sido capazes dos maiores feitos”, escreve o secretário de Estado e da Saúde.

Lacerda Sales diz que o caminho percorrido até aqui tem um destino claro: a libertação “da pandemia e desta doença” que atinge os portugueses “física e psicologicamente”. “Os resultados positivos de hoje são um incentivo para continuarmos a trabalhar, porque são o reflexo de tudo o que fizemos até aqui”, considera o responsável que aponta ainda o papel da vacinação — nos lares e na população idosa — também como fatores de sucesso no controlo da pandemia no país bem como da capacidade de testagem.

Segundo Lacerda Sales, na semana passada foram testadas, num dia apenas, 94 mil pessoas, num total de meio milhão de testes nessa semana. Em conclusão, diz o responsável: “São o reflexo das cautelas que tivemos neste desconfinamento e nos nossos comportamentos – que agora temos de manter”.