O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, defendeu esta quarta-feira, em Lisboa, que a construção do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em cerca de seis meses foi um exercício “muito complexo”.

Como todos sabemos foi possível entregar a versão final deste plano na passada quinta-feira. Portugal, também é sabido, foi o primeiro país na União Europeia a fazê-lo. Até agora mais nenhum fez o mesmo, ainda que se encontrem anunciadas as entregas de diversos países a muito curto prazo. Tratou-se de um exercício muito complexo, difícil, de se construir um programa de novo em cerca de seis meses”, considerou Nelson de Souza, que falava numa audição parlamentar na Comissão de Economia.

Conforme sublinhou o governante, o primeiro rascunho do plano foi entregue em outubro e, desde então, decorreram as negociações informais com os serviços da Comissão Europeia para chegar a uma “versão consensualizada”. O processo teve assim início antes da aprovação das regras definitivas para o efeito, o que “condicionou” a conclusão do mesmo.

“Felizmente, este foi um processo de aprendizagem mútuo entre as autoridades portuguesas e os serviços da comissão, que permitiu apresentar esta versão completa e consensualizada”, notou o titular da pasta do Planeamento.

No entanto, Nelson de Souza ressalvou que, apesar dos prazos, foi possível, antes da submissão do plano, realizar um processo de audição pública que decorreu na primeira quinzena de fevereiro.

O PRR tem um período de execução até 2026 e prevê um conjunto de reformas e investimentos para alavancar o crescimento económico.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR