A Renault junta-se à crescente lista de construtores de automóveis que pretendem “enterrar” por completo as motorizações a gasóleo, alternativa que acusa um progressivo declínio desde que rebentou o escândalo do Dieselgate e que parece condenada à extinção devido às cada vez mais apertadas normas de emissões. Recorde-se que paira no ar a “ameaça” do Euro 7, que vai ser definida em Junho e implementada a partir de 2025.

Nova norma de emissões Euro 7 matará motores de combustão, dizem alemães

No âmbito da estratégia Renaulution, o grupo comandado por Luca de Meo assume que não pretende introduzir novos motores diesel, antes preferindo canalizar o dinheiro que seria investido no seu desenvolvimento para a electrificação. Significa isto que a oferta diesel do construtor francês vai manter-se “tanto quanto possível”, nas palavras de Luca de Meo. Mas estará condenada a desaparecer à medida que a entrada em vigor de novos regulamentos, em matéria de emissões, torne os dCi inviáveis.

Embora esta revelação possa suscitar espanto para alguns, a realidade é que a Renault tem vindo a suprimir, já de algum tempo a esta parte, os motores a gasóleo. Em Portugal, a marca do losango só disponibiliza versões diesel no Espace (o 2.0 Blue dCi 190) e no Mégane (1.5 Blue dCi 115), motores que a marca também utiliza nos veículos comerciais. Como a próxima geração deste último vai evoluir para uma silhueta mais crossover e ser exclusivamente eléctrica, falta pouco para a Renault se despedir dos diesel. O Mégane-E, assim se chamará a versão definitiva do modelo antecipado pelo concept Mégane eVision, vai ser revelado ainda antes do final de 2021 e lançado já no próximo ano.

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