A taxa de desemprego no Brasil atingiu 14,4% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, três décimos acima da percentagem registada no trimestre encerrado em novembro de 2020, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de desempregados no país foi estimado em 14,4 milhões de pessoas e, segundo o IBGE, este é o maior contingente de brasileiros procurando emprego sem encontrar desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).

A taxa de desemprego é ainda maior quando comparada ao mesmo trimestre do ano anterior, quando o desemprego no Brasil atingia 11,6% da população economicamente ativa.

Embora haja a estabilidade na taxa de ocupação, já é possível notar uma pressão maior com 14,4 milhões de pessoas procurando trabalho. Não houve, nesse trimestre, uma geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades económicas”, destacou Adriana Beringuy, analista do IBGE.

A especialista frisou que a geração de emprego no país voltou a “repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos” já vistos “em outras divulgações — a importância do trabalhador por conta própria para a manutenção da ocupação”.

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Ao final de fevereiro, havia 85,9 milhões de pessoas trabalhando de forma regular com contrato de trabalho, número que se manteve estável em relação ao trimestre móvel concluído em novembro passado, mas 8,3% inferior ao do mesmo período do ano anterior.

A população desocupada no Brasil entre dezembro de 2020 e fevereiro 2021 cresceu 2,9% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (setembro a novembro de 2020) e 16,19% na comparação com os mesmos meses do ano anterior.

O desemprego piorou no último ano no gigante sul-americano durante o agravamento da crise de saúde causada pela pandemia de Covid-19. O Brasil fechou o ano passado com uma taxa média de emprego de 13,5%.