Será necessário recuar a 26 de março do ano passado (quando houve 191 internados), em plena curva ascendente da primeira vaga da pandemia, para encontrar um número de internamentos por Covid-19 mais baixo do que aquele que foi divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Na verdade, a 1 de maio já tinha sido registado um valor mínimo (302) desde essa altura, mas agora não só esse registo é superado como cai para menos de 300.
Com a redução de 26 internados no boletim desta terça-feira (referentes ao dia anterior), há agora 296 doentes com Covid-19 nos hospitais portugueses.
A redução tem sido significativa. Na última semana saíram dos hospitais 50 doentes com Covid-19 e comparando com o mesmo dia do mês passado são menos 221, ou seja, uma redução de quase metade (-42,7%).
Nos internamentos em cuidados intensivos, a redução registada no boletim desta terça-feira face ao dia anterior (menos 3, para um total de 87) não chega para baixar a fasquia do último domingo, quando havia 84 pacientes nestas unidades (então o valor mais baixo desde 23 de setembro). E há mesmo um aumento ligeiro (+1) face ao mesmo dia da semana passada. Mas relativamente à evolução mensal há uma descida de 25,6% na comparação com 4 de abril (-30 doentes graves).
Os 258 novos casos registados no boletim desta terça-feira (relativamente às ocorrências de segunda) ficam abaixo do valor registado no mesmo dia da semana passada (353) e de todas as outras terças-feiras desde 1 de setembro (na altura 231 casos).
A média dos últimos 7 dias, desde quarta-feira, 28 de abril, é de 389 casos por dia, um valor inferior aos sete dias imediatamente anteriores (478 casos/dia).
Cerca de metade dos novos casos do país no último dia tiveram lugar no Norte (128, ou seja, 49,6%). É quase o dobro dos contágios identificados em Lisboa e Vale do Tejo. Esta região, que engloba o distrito de Lisboa e parte dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria, teve 65 casos. Seguem-se Centro (24), Açores (17), Algarve (9), Madeira (9) e Alentejo (6), que, em conjunto têm os mesmos 65 casos de Lisboa e Vale do Tejo.
Com um número baixo de novos casos e as recuperações a seguirem a um ritmo acelerado — 777 doentes recuperados no último dia, para um total de 797.901 desde que a pandemia chegou a Portugal — também o número de casos ativos continua a descer a bom ritmo. Há agora menos 523 do que no dia anterior, num total de 22.833, o valor mais baixo desde 24 de setembro (na altura 22.549).
Esta terça-feira, o boletim da DGS deu conta ainda de quatro mortes (depois de não ter havido qualquer registo na segunda-feira), entre as quais uma mulher na casa dos 50 anos.
Há também a lamentar a morte de um homem entre os 70 e os 79 anos e dois outros óbitos acima dos 80 anos. Três dessas mortes tiveram lugar em Lisboa e Vale do Tejo. A outra foi registada no Norte.
Apesar de este ter sido o dia da última semana com maior número de mortes por complicações associadas à Covid-19, os números dos últimos 7 dias, desde o boletim de 28 de abril, mostram que houve uma descida face ao período imediatamente anterior — de 19 para 11 mortes.