Tal como era esperado, às 8h30 da manhã, o lateral esquerdo do Real Madrid, o brasileiro Marcelo (que tem dupla nacionalidade), apresentou-se no Liceu Europeu de La Moraleja, onde estava escalado para trabalhar numa mesa de voto como suplente, esta terça-feira, dia de eleições em Madrid. Nada de anormal — embora não seja todos os dias que se encontra um futebolista escalado numa mesa de voto —, não fossem as eleições autonómicas coincidir com a véspera de um jogo da equipa espanhola em Londres.

Na quarta-feira, os merengues disputam a segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões, frente ao Chelsea, depois de um empate 1-1 no primeiro jogo. Marcelo foi convocado na primeira mão porque Mendy, o habitual titular, estava lesionado. Agora, graças à boa vontade de uma voluntária, Zinedine Zidane vai poder contar com o internacional brasileiro na lista de 23 convocados.

Quando soube que Marcelo estava destacado para uma mesa eleitoral, e depois de ter sido necessário substituir Wendy, o Real Madrid tentou convencer a Comissão de Eleições a abrir uma exceção e a libertar o futebolista das suas obrigações como cidadão espanhol, mas o pedido foi recusado por ter sido apresentado depois do prazo legal.

No dia das eleições, Marcelo — convocado como suplente — teve mesmo de ficar de serviço à mesa de voto porque o titular da tarefa não apareceu, o que o impedia de seguir para Londres com o resto dos convocados do Real Madrid. A sorte, segundo a estação televisiva espanhola La Sexta, deveu-se à boa vontade da segunda suplente que se ofereceu para ficar no lugar do lateral esquerdo, alteração que foi aceite administrativamente.

Marcelo conseguiu assim juntar-se aos merengues e voar para a capital do Reino Unido ainda durante a manhã desta terça-feira. Segundo a televisão espanhola, o Real Madrid tinha a postos um jacto privado para o caso de ser necessário Marcelo juntar-se à equipa mais tarde.

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