O presidente do Turismo de Portugal alertou esta terça-feira que o setor vive “um momento crítico” de retoma, defendendo a abertura ao Reino Unido, EUA e outros mercados com base num critério de “risco pessoa” e não de “risco país”.

“Podíamos crescer mais se já estivéssemos abertos ao Reino Unido, se já estivéssemos na lista verde e se o Reino Unido pudesse também viajar para Portugal; se estivéssemos abertos a mercados como os EUA, da mesma forma que estamos abertos para o Brasil; se estivéssemos abertos para outros mercados, considerando que o risco não deve nunca ser um ‘risco país’, mas sim um ‘risco pessoa'”, sustentou Luís Araújo durante o “webinar” (seminário “online”) de lançamento da Revista de Tendências Turismo’21.

Na sua intervenção, o presidente do Turismo de Portugal rejeitou a opção por quarentenas e a discriminação de países na lista de ligações aéreas permitidas: “não podemos ter quarentenas, não podemos discriminar países. Temos de considerar que muitas das pessoas nesses países podem e devem viajar ou porque estão vacinadas, ou porque estão imunes, ou porque têm um teste”, sustentou.

Luís Araújo defendeu ainda que o país deve “pressionar para que os testes antigénio sejam aceites internacionalmente em substituição do PCR”: “pela competitividade que isso nos pode trazer, mas também pela facilidade e simplicidade que vai dar à mobilidade de que tanto precisamos”, disse.

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Afirmando-se “muito otimista quanto ao futuro”, Luís Araújo referiu que os ativos do país “estão cá” e Portugal está “muito bem posicionado” face aos concorrentes, beneficiando de uma “perceção muito positiva” a nível internacional.

“Todos fizemos de tudo, ao longo deste ano, para transmitir confiança, ao nível público e privado. Sabemos onde é que temos de apostar no futuro e há bons sinais daquilo que vai acontecer”, sustentou, salientando o crescimento registado desde fevereiro nas pesquisas “online” (“muito alavancadas na procura doméstica”) e a aprovação em tempo recorde do “digital green pass” pela Comissão Europeia para justificar a “confiança no ar a nível de reservas e de procura”.

“Mas — acrescentou — ainda podíamos crescer mais e estamos num momento crítico para trazer este assunto para cima da mesa. Temos de continuar a pressionar, porque este é um momento crítico para reabrirmos a nossa atividade. É essencial que nos deixem fazer o que melhor sabemos fazer, que é receber bem, e temos de o fazer já”.