A polícia das Maldivas anunciou este domingo que deteve uma pessoa considerada a principal suspeita da explosão que feriu gravemente o ex-presidente do país, um ataque atribuído a extremistas muçulmanos.

Atualmente, estão sob custódia três dos quatro suspeitos da explosão de quinta-feira contra o ex-presidente Mohamed Nasheed, que ainda está internado no hospital após várias cirurgias, avança a agência de notícias Associated Press (AP).

A polícia não deu detalhes sobre nenhum dos detidos, sabendo-se apenas que há um quarto suspeito que continua a monte.

As autoridades culparam os extremistas islâmicos pelo ataque, mas ainda não sabem qual grupo foi o responsável.

A explosão de uma bicicleta que estava junto ao carro do ex-presidente provocou também ferimentos em dois guarda-costas de Nasheed e dois aparentes transeuntes, incluindo um cidadão britânico.

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Funcionários do hospital disseram que o ex-presidente Nasheed permanece numa unidade de terapia intensiva após cirurgias à cabeça, tórax, abdómen e membros, onde estavam alojados estilhaços da bomba.

Nasheed é atualmente o presidente do Parlamento e tem sido um crítico declarado do extremismo religioso na nação predominantemente muçulmana sunita, onde pregar e praticar outras religiões é proibido por lei.

Nasheed foi o primeiro presidente eleito democraticamente das Maldivas, servindo de 2008 a 2012, e tem sido uma das vozes do país para combater a mudança climática, alertando especialmente que a elevação dos mares causada pelo aquecimento global ameaça as ilhas baixas do arquipélagos.