Pelo menos 50 pessoas morreram no atentado bombista de sábado junto da escola secundária feminina, na zona ocidental de Cabul, indicou este domingo um novo balanço do Ministério do Interior afegão.

Mais de 100 pessoas ficaram feridas na explosão, ao início da tarde de sábado, de um carro armadilhado à porta da escola Sayed al-Shuhada e na explosão de duas outras bombas quando as estudantes fugiam, em pânico, do edifício, disse o porta-voz do Ministério Tareq Arian.

O anterior balanço dava conta de pelo menos 30 mortos e 79 feridos, de acordo com as autoridades afegãs.

O atentado não foi reivindicado, mas o Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, atribuiu a responsabilidade aos talibãs.

Numa declaração, os talibãs negaram qualquer envolvimento, condenaram o ataque a civis e culparam “círculos sinistros que, em nome do [grupo extremista Estado Islâmico] EI, operam sob as asas e a cobertura dos serviços de informação da administração de Cabul”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O ataque ocorreu numa área habitada sobretudo pela minoria xiita Hazara, um alvo de extremistas sunitas, como o que aconteceu em outubro passado, no mesmo bairro e noutra escola, onde morreram 24 pessoas e 57 ficaram feridas.

Há um ano, no mesmo bairro, um atentado contra uma maternidade causou 16 mortos.

A violência tem vindo a aumentar no Afeganistão, especialmente durante a última semana, depois de, em 01 de maio, ter terminado o prazo acordado entre os talibãs e os Estados Unidos para que as tropas estrangeiras deixassem o país.

A nova administração norte-americana adiou a data de retirada das tropas internacionais presentes no Afeganistão para 11 de setembro.