As exportações de têxteis e vestuário aumentaram 26,5% em março em termos homólogos e 4% face a março de 2019, acumulando uma subida homóloga de 3%, para 1.315 milhões de euros, no primeiro trimestre, segundo a associação setorial.

“A contribuir para este bom resultado do trimestre há a destacar o aumento verificado nas exportações de roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, de camisolas e pulôveres de malha, de fatos, casacos, vestidos, saias, calças de malha, de uso feminino, de ‘t-shirts’ e de artefactos têxteis confecionados, onde se encontram, entre outros, as máscaras têxteis”, refere a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) em comunicado.

Tendo por base dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a ATP reporta, no entanto, que até março as exportações de vestuário em tecido continuam a registar uma quebra de 21% e as de matérias têxteis uma diminuição de 0,3%.

O mercado francês voltou a destacar-se no primeiro trimestre como o destino com maior crescimento em termos absolutos, com um acréscimo de 33 milhões de euros, ou seja, +18,6%.

Já os EUA consolidaram a quarta posição no “ranking” dos principais destinos (trocaram de lugar com o Reino Unido), sendo igualmente um dos destinos que registou maior crescimento absoluto (mais oito milhões de euros, equivalente a +9%).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A Espanha continuou a ser o destino mais afetado, com uma perda de 39 milhões de euros no trimestre (equivalente a -11%).

No que se refere às importações de têxteis e vestuário, somaram 806 milhões de euros no primeiro trimestre, apresentando uma quebra de 21% que afetou quer os têxteis, quer o vestuário.

As exceções foram a categoria de produtos onde se encontram os falsos tecidos (que aumentaram o valor importado em 14%, com um acréscimo de 2,5 milhões de euros) e a categoria de produtos artefactos têxteis confecionados, onde se encontram as máscaras sociais, que registou um aumento de 110%, equivalente a mais 21,5 milhões de euros.

A ATP nota que os dados do mês de março revelam ainda um crescimento nas importações de certas matérias-primas têxteis — como as outras fibras têxteis vegetais (+52%) e as fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (+16%) — “revelando sinais de maior dinamismo na atividade da indústria”.

No primeiro trimestre deste ano, a balança comercial dos têxteis e vestuário registou um saldo positivo de 509 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 163%.