O Festival Tremor, que volta a acontecer em setembro em São Miguel, vai pôr artistas em diálogo com a natureza e apresentar uma exposição coletiva desenhada para aquela ilha açoriana, anunciou esta segunda-feira a organização.

Em comunicado, a organização do Tremor lembrou que tem por objetivo promover a “criação de espaços de diálogo entre artistas locais e os de outras paragens”, pelo que lançou um espaço intitulado “Tremor Todo-o-Terreno”, que será concebido pela artista multimédia Sofia Caetano, pelo projeto de música eletrónica e ambiental PMDS e pelo saxofonista Luís Senra.

“Em conjunto, os quatro artistas criarão uma experiência plástica e sónica desenvolvida para um trilho pedestre específico, que culminará numa apresentação, ao vivo, na natureza”, pode ler-se no comunicado.

Os bilhetes do festival dão acesso ao “Tremor Todo-o-Terreno”, mas é necessária uma inscrição prévia, na aplicação do festival, para evitar aglomerados de participantes.

Da programação anunciada consta também a exposição “Epicentro: Promessa”, que vai integrar trabalhos do coletivo berru, das duplas Débora Silva e Slim Soledad, João Pais Filipe e Beatriz Brum, e Gregory Le Lay com a Sonoscopia.

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“Em ‘Epicentro: Promessa’, a ilha torna-se o núcleo expositivo ativo de um circuito artístico vivo que ocupa espaços interiores e exteriores da sua natureza e malha urbana”, pode ler-se no comunicado.

A organização lembra, ainda, que a venda de novos bilhetes para o festival está suspensa, o que significa que a lotação está “limitada, neste momento, aos portadores da edição de 2020 que decidiram não pedir a sua devolução à data do cancelamento”.

Em novembro do ano passado, a organização do Tremor já havia anunciado que a edição de 2021 do festival, que se realiza em São Miguel, tinha data marcada de 07 a 11 de setembro, por ser “menos passível de poder colidir com medidas e restrições à circulação de pessoas”.

Em 2020, o festival estava pronto a arrancar no final de março, mas teve de ser cancelado devido ao estado de emergência que atirou o país para o confinamento, em 13 de março, num esforço de contenção da pandemia de covid-19.

Para 2021, “entre os dias 07 e 11 de setembro, a ilha de São Miguel, nos Açores, volta a ser o epicentro para o evento que, nos últimos sete anos, se assumiu como um espaço de encontro entre a música, a ilha, a população local e a comunidade artística”, afirmou a organização, em novembro.

Esta decisão surge “da necessidade da organização repensar e redesenhar o formato de apresentação do festival que terá, necessariamente, de encontrar uma nova forma de existir em linha com as mudanças que são já hoje claras”.

Assim, o festival que se costuma realizar entre março e abril, coincidindo com a altura da Páscoa, é antecipado para setembro, por ser “uma opção menos passível de poder colidir com medidas e restrições à circulação de pessoas”.

A edição de 2020 tinha confirmados nomes como Anna Meredith, Lena D’Água, Solar Corona, Angélica Salvi, Conferência Inferno, The Dirty Coal Train, Juana Molina, Kathryn Joseph, Föllakzoid e Gabber Modus Operandi, entre outros.