A duquesa de Sussex fez a primeira aparição televisiva após a polémica entrevista que deu à apresentadora e amiga Oprah Winfrey, em março último. Meghan Markle, já num avançado estado de gravidez, surgiu em vídeo, numa mensagem previamente gravada a propósito do concerto de caridade online Vax Live, para falar de equidade em tempo de pandemia.

No vídeo, gravado nos jardins de sua casa, em Montecito, nos EUA, a duquesa começa por afirmar que “as mulheres, especialmente as mulheres negras, viram uma geração de ganhos económicos aniquilados” devido à crise sanitária e, tanto ela como o marido, apelam a uma recuperação que tenha como prioridade “a saúde, a segurança e o sucesso de todos, em particular das mulheres que foram afetadas de forma desproporcional” pela pandemia. Meghan, que na gravação usa um vestido Carolina Herrera no valor de mais de 2 mil euros, faz ainda notar que, desde o início da crise de saúde, cerca de 5.5 milhões de mulheres perderam os respetivos postos de trabalho nos EUA, com 47 milhões a nível mundial a caminho da pobreza extrema.

Apesar de curta, na mensagem é ainda feita alusão à futura filha do casal que deverá nascer já no próximo mês. “Eu e o meu marido estamos entusiasmados por, em breve, dar as boas-vindas a uma filha”, acrescentou com um sorriso. “É um sentimento de alegria que partilhamos com milhões de outras famílias em todo o mundo”, continuou, para depois referir a importância de apoiá-las de forma equitativa. “Quando pensamos nela, pensamos em todas as jovens mulheres e meninas ao redor do mundo que devem receber a capacidade e o apoio para nos liderar. A liderança futura delas depende das decisões que tomamos e das ações que realizamos agora”, afirmou, fazendo menção a um futuro “bem-sucedido, igualitário e compassivo”.

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Mas não foi só Meghan Markle quem participou no concerto Vax Live, transmitido no último sábado, dia 8. Também o príncipe Harry subiu ao palco, em Los Angeles, para alertar para a “politização” da ciência, sendo recebido por uma salva de palmas e uma ovação de pé no momento em que apareceu em público. “Acho que a coisa mais triste e mais preocupante para mim e para a minha esposa… é a politização da ciência. Quando falamos de vida ou morte, da qual falamos agora, as vacinas não podem ser politizadas. Devemos garantir que todos ao redor do mundo tenham igual acesso à vacina, caso contrário, nada disto funcionará.”

Ainda na semana passada, os duques de Sussex escreveram uma carta aberta aos diretores-executivos de empresas farmacêuticas, incluindo a Pfizer, a Moderna e a AstraZeneca, pedindo para que estas dupliquem o apoio ao programa Covax, patrocinado pela ONU.