A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) vai enviar um ofício ao Ministério da Administração Interna (MAI) a denunciar a falta de condições na esquadra de Pombal, revelou nesta segunda-feira o seu presidente.

O presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, visitou nesta segunda-feira algumas esquadras do Comando Distrital da PSP de Leiria, aproveitando a tomada de posse formal dos delegados eleitos, e verificou a falta de condições de algumas esquadras.

“Já tivemos oportunidade de estar na esquadra de Pombal, o que nos deixou com muita preocupação tendo em conta que entendemos que aquela esquadra não tem as condições necessárias para poder laborar como esquadra de polícia”, disse à Lusa Paulo Santos, no Comando de Leiria. Segundo o dirigente sindical, Pombal “não vai ao encontro daquilo que são as diretivas que deve ter uma esquadra”. Paulo Santos precisou: “ao nível das condições de salubridade e higiene mas também ao nível da segurança”.

Um local que tem de garantir a segurança das populações tem de ser seguro para os polícias que lá trabalham. Não me parece que a esquadra de Pombal esteja a esse nível e será feita uma nota desta preocupação ao senhor ministro da Administração Interna”, garantiu Paulo Santos.

O presidente da ASPP/PSP também apontou lacunas ao edifício onde está instalado o Comando Distrital da PSP de Leiria, que “necessita de uma intervenção urgente no que diz respeito à manutenção e à qualidade para que os polícias possam desenvolver o seu trabalho de forma digna e com eficiência dar resposta àquilo que são as necessidades das populações”.

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O dirigente mostrou-se preocupado com o facto de “aquilo que foi estabelecido pelo Governo, no que diz respeito às infraestruturas e ao plano para resolver um conjunto de situações que estão identificadas e sinalizadas pelo próprio MAI, não veja contemplado a esquadra de Pombal”.

Também o edifício do comando “tem obras atrasadas sem se perceber porquê”.

“Importa-nos que os polícias tenham condições de trabalho e os seus direitos garantidos para que possam, junto das populações, exercer aquilo que é a sua missão”, salientou.

Paulo Santos adiantou que as principais preocupações demonstradas pelos agentes são os atrasos na pré-aposentação, que está a “criar um quadro de envelhecimento na própria estrutura e que é grave no que diz respeito ao combate à criminalidade”.

A questão do subsídio de risco é outra das reivindicações. “Há anos que se anda a dizer que a polícia tem uma profissão de risco, mas também há anos que não é dado um subsídio de risco que compense esse mesmo risco”, alertou ainda o dirigente sindical.

Numa nota de imprensa, a ASPP/PSP aponta ainda como problemas no Comando de Leiria, a “falta de efetivo para resposta eficaz às ocorrências numa área com elevada densidade populacional”, os “problemas graves de infiltrações nas esquadras de Alcobaça e de Peniche, a inexistência de viaturas descaracterizadas e o défice de material informático, falta de rádios e respetivas baterias em todo o comando”.