Dois concursos públicos foram lançados para a modernização da linha do Alentejo, num investimento global superior a seis milhões de euros, incluindo estudos e projetos para eletrificar o troço ferroviário Casa Branca — Beja, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Infraestruturas de Portugal (IP) revelou que os dois concursos públicos foram publicados em Diário da República, na semana passada.

O investimento na modernização da linha do Alentejo integra o Plano Nacional de Investimentos PNI2030, prevendo a duplicação do troço Poceirão-Bombel e a requalificação e eletrificação do troço Casa Branca e Beja”, indicou.

Na quinta-feira, foi publicado em Diário da República o concurso público para a elaboração dos estudos e projetos necessários para a modernização do troço entre Casa Branca e Beja e o estudo da execução de uma ligação ferroviária ao Aeroporto de Beja, segundo a IP.

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“No troço Casa Branca — Beja irá ser assegurada a circulação de comboios de tração elétrica e instalados sistemas de sinalização, controlo, comando e telecomunicações”, precisou a empresa, no mesmo comunicado. Além disso, será “efetuado um estudo de viabilidade técnico-financeira da criação de uma ligação ferroviária ao Aeroporto de Beja”.

De acordo com o anúncio do concurso público, consultado pela Lusa, “os estudos e projetos a desenvolver” neste troço “visam potenciar a operacionalização da exploração que se deseja para esta” linha ferroviária e para “a sua ligação ao aeroporto”.

O preço-base do procedimento são 3.230.000 euros e a empreitada deve ser executada em 967 dias, tendo os interessados 45 dias para apresentar as respetivas propostas ao concurso (a contar desde a data da publicação do mesmo em Diário da República).

Quanto ao concurso para a elaboração do projeto de duplicação e modernização do troço Poceirão — Bombel, com um preço-base de 2.750.000 euros, foi publicado em Diário da República no dia 3 de maio.

O projeto “prevê a duplicação da via, a colocação de um novo sistema de catenária e de sistemas de sinalização, controlo, comando e telecomunicações, contemplando igualmente a intervenção na Bifurcação de Águas de Moura Sul”, referiu a IP.

Ambos os investimentos a executar visam “potenciar a competitividade do setor ferroviário a nível internacional no eixo Lisboa-Madrid”, o mesmo acontecendo a nível regional, “entre as regiões do Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo”.

A beneficiação do serviço de transporte ferroviário de passageiros, com a redução dos tempos de viagem, o aumento das condições de segurança, conforto, acessibilidade e informação, o reforço da capacidade de operação, disponibilidade e segurança da infraestrutura e a melhoria da competitividade do transporte ferroviário de mercadorias são os principais benefícios identificados pela IP.