O eurodeputado grego Ioannus Lagos, ex-dirigente do partido neonazi Autora Dourada, condenado a mais de 13 anos de prisão efetiva, foi extraditado este sábado para Atenas após um mandado de detenção solicitado pelas autoridades gregas, indicaram fontes oficiais.

Segundo fontes aeroportuárias gregas, Lagos, 48 anos, detido em fins de abril em Bruxelas depois de levantada a imunidade parlamentar, chegou ao aeroporto Internacional de Atenas rodeado pela polícia local. Lagos, que vai ser apresentado ainda hoje a um tribunal na capital da Grécia, está entre os cerca de 40 membros dirigentes da Aurora Dourada, condenados em outubro de 2020 após um julgamento que demorou cerca de cinco anos e meio.

No dia em que o Tribunal Criminal de Atenas iria apresentar o veredicto, Lagos saiu da Grécia e seguiu para Bruxelas “para escapar à condenação”, referiu a eurodeputada francesa Marie Toussaint (Verdes), relatora do Parlamento Europeu neste processo.

Alto quadro dirigente da Aurora Dourada, Lagos foi detido preventivamente, tal como a restante direção do partido neonazi, após o assassínio de Pavlos Fyssas, um músico antifascista, em setembro de 2013, perto de Atenas. Acabou por sair em liberdade condicional 18 meses depois, para aguardar o julgamento.

A imunidade parlamentar foi levantada no final de abril por grande maioria dos eurodeputados, a pedido das autoridades gregas.  Lagos gozava dessa imunidade desde que foi eleito, em julho de 2019, para o Parlamento Europeu sob a bandeira da Autora Dourada, partido que deixou meses depois para se tornar independente.

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